29/Jul/2020

Segundo a Adama Brasil, companhias de agroquímicos que planejam comercializar o herbicida dicamba no Brasil terão o desafio de garantir que o produto seja usado corretamente no campo. O que se discute não é a eficácia do dicamba, e sim a proteção (de produtores e lavouras) em relação ao produto, que possui uma alta volatilidade. O produtor aplica o produto em uma área e ele pode ir para a outra. Nos Estados Unidos, principalmente, a Bayer vem enfrentando uma série de processos judiciais movidos por produtores rurais questionando a segurança dos herbicidas glifosato e dicamba. Há cerca de um mês, a Bayer anunciou um acordo prevendo o pagamento de até US$ 10,9 bilhões para casos referentes ao glifosato e de até US$ 400 milhões para os relativos ao dicamba.

A Adama tem planos de comercializar um defensivo genérico de dicamba no Brasil, a depender dos resultados de testes de campo que avaliarão a volatilidade do produto. Além disso, será necessário obter a autorização de registro por parte do Ministério da Agricultura. A comercialização, se confirmada, só deve ocorrer dentro de quatro anos, aproximadamente. Com relação ao glifosato, a companhia reduziu sua dependência do herbicida por, entre outros fatores, sua baixa rentabilidade. A empresa também tem renovado seu portfólio para atender a diversas culturas, o que contribuiu para o menor peso do produto nos negócios. Fonte: Agência Estado.