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17/Jul/2020

Sementes: pirataria afeta a expansão do mercado

Atualmente, o mercado de sementes no Brasil gera um lucro de cerca de R$ 20 bilhões, mas apesar do dado positivo, esse resultado poderia ser ainda melhor se houvessem leis mais atualizadas e o combate à pirataria fosse mais duro no país. A maior parte desse mercado é representado pelas sementes de milho e soja, sendo que a oleaginosa possui uma demanda de 80% em sementes certificadas. O número é expressivo, já que essa percentagem representa 46 milhões de sacas de sementes de soja. Todas as características futuras de uma lavoura começam na semente e, por isso, é essencial que o produtor rural busque por insumos certificados. Essas sementes possuem tecnologia que vão auxiliar no ciclo da lavoura e no manejo de resistência às pragas e doenças. O de sementes conta com 700 empresas, 8 mil engenheiros agrônomos e 200 laboratórios credenciados que fazem a certificação.

Mesmo assim, o mercado paralelo persiste e as sementes piratas, além das sementes que são salvas por alguns produtores rurais, geram um prejuízo de R$ 3 bilhões ao setor. O Brasil precisa de um marco regulatório legal atualizado, que acompanhe o agronegócio e que proteja a propriedade intelectual envolvida no desenvolvimento das cultivares. Esse valor que sai do mercado poderia estar sendo investido em novas pesquisas, o que por sua vez traria mais benefícios para os próprios produtores rurais. No caso dos produtores rurais que salvam suas sementes, essa é uma prática que deve ser vista com muito cuidado. Nem sempre essas sementes estão apropriadas, já que podem estar contaminadas com alguma doença e causar prejuízos no resultado da safra. O planejamento da lavoura começa na escolha das sementes, sendo que as certificadas possuem garantias que minimizam esses riscos. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.