15/Jul/2020
A Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) considera como boa a conjuntura para a comercialização de adubos no segundo semestre e no acumulado deste ano. Sem revelar estimativas nominais, a perspectiva do mercado interno é avaliada como positiva para os adubos. O setor está otimista em virtude da previsão de safra recorde de grãos e da situação de capitalização do agricultor que, de forma geral, foi beneficiado pela desvalorização cambial, especialmente quanto às culturas exportadoras. Em 2019, o consumo doméstico de fertilizantes aumentou 2,1% com 36,3 milhões de toneladas entregues.
A demanda deve ser impulsionada pelas culturas de verão, cana-de-açúcar, café e algodão, que apresentam cenários positivos, com o produtor capitalizado para investir em tecnologia, mesmo em meio aos reflexos da pandemia do novo coronavírus. Os grãos passaram por uma valorização muito forte com recordes de exportação e melhora na rentabilidade. Com isso, a relação de troca é a melhor dos últimos 10 anos (relação entre a quantidade de sacas de 60 Kg soja ou milho necessária para comprar 1 tonelada de fertilizante). O foco das indústrias e revendas de insumos neste segundo semestre permanece sobre o escoamento das entregas dos fertilizantes aos produtores. Até o momento, a indústria não relatou gargalos na movimentação decorrentes dos bloqueios para controle da Covid-19, mas mantém permanente atenção sobre o fluxo logístico dos insumos.
Há apreensão com a alta dos casos e a entidade monitora cada passo junto com os associados, autoridades municipais, estaduais e agentes do governo federal, especialmente junto aos ministérios da Agricultura e da Infraestrutura. As atividades da categoria foram consideradas essenciais, desde o início das medidas de isolamento social e, por isso, não foram paralisadas. A entidade monitora o tempo todo o agravamento da doença e os bloqueios adotados nas cidades. O trabalho é intenso para que não haja interrupção no fluxo de fertilizantes às lavouras. A Anda pretende reforçar o posicionamento da indústria na sociedade e deixar mais evidente a sustentabilidade dos adubos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.