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13/Jul/2020

Sementes: mudanças na forma de comercialização

Os produtores rurais estão cada vez mais exigentes em relação a sementes de soja e milho, o que deve alterar a forma de negociar o insumo dentro de quatro a cinco anos. O usuário final, que é o produtor, está cada vez mais sofisticado, quer nível de serviço, produtividade, e sua demanda deve induzir mudanças no setor. Não tenho dúvida de que em quatro a cinco anos a forma de negociar e entregar sementes de soja e milho mudará muito. Já se começa a falar em venda de sementes de soja da mesma forma que é feita a negociação de sementes de milho, por número de sementes, e não por saca. Há alguns anos produtores não falavam em secagem de soja, e que hoje essa preocupação vem aumentando, ainda que a prática não é adotada na mesma proporção do que no segmento de milho.

O número de multiplicadores (de sementes de soja) diminuiu, até porque a profissionalização para produzir o insumo aumentou muito em comparação com dez anos atrás. Mas, a avaliação é de que é pouco provável que haverá um mercado de sementes de soja tão verticalizado e concentrado quanto do milho, mas vai se aprimorar mais. Segundo a Nutrien, o comércio online de sementes deve continuar crescendo, mas não poderá ficar restrito ao ambiente virtual. Pensar que o produtor vai querer comprar exclusivamente no ambiente online é equivocado.

A aposta é na experiência inteira, com consultor visitando a propriedade, entrega rápida (do produto adquirido pela internet), boa experiência online e opção de retirar produto na loja. A empresa já vem fazendo isso nos Estados Unidos e pretende impulsionar o modelo no País. Para tanto, é preciso que a infraestrutura de conectividade no Brasil avance na mesma velocidade. A Syngenta reforçou que a digitalização da agricultura e do comércio de sementes deverá estar integrada, também, a recomendações ajustadas às peculiaridades de cada propriedade, e não como é feito hoje, no nível de municípios. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.