ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

07/Jul/2020

Máquinas agrícolas: vendas devem crescer no ano

As vendas de máquinas agrícolas e tratores no Brasil fecharam o primeiro semestre com queda de 1,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, para 19.642 unidades, em meio a impactos da pandemia de Covid-19. Mas a Anfavea está confiante de que terá um segundo semestre melhor nas vendas de máquinas agrícolas e elevou as projeções para uma alta de 3% em 2020, ante aumento de 0,5% na previsão de janeiro, com o agronegócio sendo menos afetado pela crise do coronavírus, diante do impulso do câmbio nos preços das commodities. No que diz respeito às chamadas máquinas rodoviárias, a Anfavea reduziu as estimativas para 2020, de uma alta de 22% prevista em janeiro, para queda de 24%, devido à menor demanda para construção de estradas, com a indústria fabricante de tratores sofrendo neste ano.

Em junho, as vendas totais de máquinas agrícolas e rodoviárias somaram 3.910 unidades, alta de 0,9% ante maio e uma queda de 9,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas de tratores de rodas somaram 2.614 unidades, queda de 15% ante maio e de 23,4% na comparação com junho do ano passado, o que resultou uma baixa de 5% no primeiro semestre. Já as vendas de colheitadeiras de grãos atingiram 734 unidades em junho, alta de 130,8% ante maio e de 39,3% na comparação com junho do ano passado. No semestre, o setor ainda vê recuo de 9%. Contudo, após um primeiro semestre de negócios mais mornos em meio às incertezas relacionadas à crise do coronavírus, o setor de máquinas agrícolas espera uma movimentação maior dos agricultores nos seus últimos meses do ano, quando é semeada a safra de soja, a principal do país.

As montadoras de máquinas agrícolas estão até mesmo reajustando preços para repassar o aumento de gastos com peças importadas encarecidas pela alta do dólar, e devem ter a seu favor a boa rentabilidade de produtores de grãos do Brasil, um dos poucos setores que, também pelo câmbio, obteve margens positivas neste momento de crise histórica. Já a comercialização de colhedoras de cana somou 52 unidades, aumento de 225% ante maio e de 160% na comparação com junho do ano passado. No semestre, as fábricas apontaram aumento de 24,2%, mesmo diante das dificuldades relatadas pelas usinas no mercado de etanol, enquanto as exportações de açúcar estão elevadas. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.