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03/Jun/2020

Fertilizantes: consumo deve crescer em 2020/2021

O consumo brasileiro de fertilizantes na safra 2020/2021 deve ser um ponto fora da curva no mercado mundial de adubos. Deve haver aumento de 1% nas entregas totais de fertilizantes no Brasil neste ano em comparação com o ano passado, para 36,6 milhões de toneladas. Em contrapartida, a Associação Internacional de Fertilizantes (IFA) projeta queda de 3% no consumo mundial da fórmula NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), considerados os três principais nutrientes para as plantas, no ano agrícola 2020/2021. Se confirmada, a retração no consumo mundial na safra 2020/2021 vai interromper um ciclo de cinco temporadas de crescimento de 1%.

A estimativa de queda é atribuída à perspectiva de diminuição no consumo per capita de alimentos em virtude da crise econômica causada pelo novo coronavírus, o que, consequentemente, tende a diminuir o volume de fertilizantes utilizados na produção agrícola. No Brasil, em 2019, o consumo de fertilizantes aumentou 2,1%, com 36,2 milhões de toneladas de adubos entregues. Apesar da previsão de um crescimento mais modesto, o desempenho do mercado brasileiro em meio à pandemia do novo coronavírus é considerado satisfatório. Antes da pandemia de Covid-19, em fevereiro, a expectativa é de incremento de 1,9% no mercado brasileiro, com previsão de 36,9 milhões de toneladas entregues até o fim deste ano. Mesmo com a revisão da estimativa, se confirmado, o volume de entregas será recorde.

O crescimento deve ser puxado por uma alta de 3% no volume utilizado de adubos nas lavouras de soja, que representa 40% do total consumido no País. Em compensação, as entregas de fertilizantes para as lavouras de cana-de-açúcar, que respondem em média por 14% do volume utilizado, devem ficar 5% menores. O volume de fertilizantes aplicados no algodão, que representa 4% do consumido na agropecuária brasileira, deve atingir nível entre 5% a 10% inferior ao aplicado na safra passada. Alguns setores foram muito penalizados pelas medidas de isolamento social e queda na demanda. Portanto, nesse cenário, crescimento de 1% é muito positivo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.