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22/Mai/2020

Fertilizantes: Yara relata antecipação de compras

Os produtores rurais têm adquirido fertilizantes para a safra 2020/2021 em ritmo mais acelerado do que o observado em anos anteriores, disse o vice-presidente de Vendas da Yara Brasil, Cleiton Vargas. "A razão de compras antecipadas é a melhor relação de troca de grãos por insumos. Para algumas culturas, a relação de troca é a melhor dos últimos dez anos", afirmou o executivo, citando como exemplo o caso dos preços em Rondonópolis (MT). Vargas explicou que, apesar de o preço dos adubos em Reais estar mais alto em razão da diferença do dólar ante a moeda brasileira, os valores dos grãos estão remuneradores, com a soja valendo, em média, R$ 100,00 por saca de 60 Kg. O executivo disse também que neste momento o adubo está mais barato em dólar do que há alguns meses, "mas deve haver correção daqui para frente". "Esse aumento gradual de preços deve estimular novos investimentos em fertilizantes por empresas no futuro, afirmou o executivo.

O governo federal deve anunciar um Plano Safra 2020/2021 "bem grande", prevê o vice-presidente de Vendas da Yara Brasil, tendo em vista que o agronegócio será a "saída para o País" sair da crise provocada pela pandemia de Covid-19. "É o agronegócio que tirará o País da crise", disse Vargas. Ele comentou que no início da pandemia houve uma restrição de crédito por instituições financeiras, o que considerou "normal", mas ponderou que os pedidos de recuperação judicial feitos por produtores também elevam o custo do dinheiro. "A segurança jurídica é fundamental. Recuperação judicial de produtor pessoa física gera insegurança para quem dá crédito. O bom pagador, ou seja, a grande maioria dos produtores do País, vai pagar mais spread por causa disso", afirmou o executivo. "Quanto menos risco oferecer a agentes financeiros, mais dinheiro barato virá para agricultura", acrescentou. Vargas lembrou que com a Selic mais baixa hoje do que há um ano "há ótimas opções de recursos competitivos" para os agricultores.

O vice-presidente de Vendas da Yara Brasil contou que a companhia tem buscado maneiras de apoiar setores da agricultura mais penalizados pela pandemia, como o de hortifruti. "Está havendo uma mudança de dieta dentro de casa, por causa da pandemia, e por isso estamos trabalhando com linhas especiais e mais baratas para ajudar alguns setores, como o de folhosas, por exemplo", disse. Vargas explicou que a Yara não financia os produtores, mas faz a "facilitação do contato entre bancos e produtores". Além disso, a empresa também tem adotado ações para estimular a retomada do consumo destes alimentos. "A Yara tem estimulado pessoas por redes sociais a manter uma alimentação saudável e também enviamos cestas de frutas e verduras para digital influencers", contou. Vargas explicou ainda que, apesar da crise econômica, a empresa está "muito bem capitalizada". "Podemos enfrentar a pandemia com tranquilidade", disse ele. "De modo geral produtores do Brasil também estão capitalizados", complementou. Fonte: Agência Estado.