20/Mai/2020

Segundo o estudo anual BIP Milho (Business Intelligence Panel), o mercado de agroquímicos para milho movimentou US$ 312 milhões na safra 2019/2020, alta de 8% ante a temporada anterior. Um dos fatores que sustentaram o resultado foi o aumento de 10% nas aplicações de defensivos para controle de pragas, doenças e espécies invasoras. O número médio de aplicações de produtos subiu para 11,2 por área plantada. Outra razão foi o crescimento de 4% do uso de sementes com tecnologia Bt+RR. Aproximadamente 78% da área plantada com milho no País na temporada, ou 2,647 milhões de hectares, foi semeada com estas cultivares. De forma proporcional, 74% das vendas de defensivos para milho estavam relacionadas ao uso de sementes Bt+RR, movimentando US$ 232 milhões. Na safra 2018/2019, as mesmas cultivares ocuparam 71% da área plantada e geraram receita de US$ 191 milhões.

A categoria de herbicidas liderou o ranking das vendas de agroquímicos para milho na safra atual, representando 38% do total, ou US$ 118 milhões. O glifosato continua sendo o principal ingrediente ativo dos herbicidas comercializados, presente em 44% deles e com faturamento de US$ 52 milhões. A atrazina respondeu por 25% do mercado de herbicidas (US$ 25 milhões) e os ativos tembotrione, atrazina + simazina, clethodim e mesotrione, entre outros, somaram US$ 41 milhões. Em segundo lugar nas vendas, com 22% do todo (US$ 68 milhões), aparecem os produtos para tratamento de sementes de milho. O tratamento com inseticidas movimentou US$ 63 milhões ou 93% dos negócios envolvendo tratamentos, alta de 17% em relação ao ciclo 2018/19. O tratamento de sementes por fungicidas movimentou praticamente o mesmo registrado na safra passada, US$ 5 milhões.

Os inseticidas aparecem na terceira posição do ranking de vendas de agroquímicos para milho, com receita de US$ 63 milhões e 20% de participação nos negócios. Quase a metade do resultado foi puxado pelo controle de lagartas, que gerou US$ 31 milhões em vendas (49% do montante). Inseticidas para controle de sugadores, como a cigarrinha e o percevejo-barriga-verde, totalizaram US$ 30 milhões ou 48% dos negócios da categoria. No quarto lugar em vendas, com 17% do total, estão os fungicidas. Defensivos deste tipo movimentaram US$ 53 milhões na safra atual. Produtos do grupo estrobilurina + triazol atingiram receita US$ 29 milhões, seguidos dos ‘premium’ (US$ 10 milhões) e dos protetores (US$ 10 milhões). Os produtos adjuvantes, segmento com menor participação na agricultura em geral, fecharam a safra com 3% das vendas de defensivos para milho (US$ 9 milhões). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.