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18/Mai/2020

Armazenagem: Kepler Weber mantém o otimismo

A perspectiva da Kepler Weber, líder nacional em sistemas de armazenagem, é de um ano “razoavelmente bom” para os seus negócios. “Embora seja difícil prever futuro neste momento, trabalhamos com expectativa de um ano razoavelmente bom. O cenário é de otimismo cauteloso”, avaliou o diretor presidente e de Relações com Investidores da companhia, Piero Abbondi. Na análise de Abbondi, até o fim deste ano o cenário é razoavelmente bom para o agronegócio em geral. “Apesar da queda nas cotações internacionais, não vemos prejuízo no caixa do produtor brasileiro até o momento”, afirmou. Contudo, ele destacou que o volume de negócios da empresa, assim como as demais do setor, vai depender do cenário de crédito, especialmente dos recursos do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) 2020/21 - linha com juros subsidiados do Plano Safra.

“É uma oportunidade boa para o governo destinar recursos para um setor com demanda forte e que dará resposta imediata à economia com geração de empregos e negócios”, disse Abbondi, citando que a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) está tratando junto ao governo da importância de aumentar a capacidade de estocagem para commodities agrícolas. Ainda sobre o PCA, Abbondi comentou que os bancos privados têm criado alternativas de financiamento a linhas públicas com menor taxa de juros. “Cada vez mais instituições financeiras têm buscado alternativas para o segmento, mas, apesar do atual patamar de juros, a crise traz desafios com maior restrição de recursos a financiamentos de longo prazo”, explicou o executivo. Para o diretor, a queda na taxa Selic - referência para juros - também incentiva os produtores capitalizados a fazer investimentos operacionais com capital próprio, por diminuir a remuneração em carteira comum de aplicações. “Com os recursos do PCA esgotados dede novembro do ano passado, enxergamos que cenário de juros baixos levou produtores buscarem outras maneiras de financiamento”.

A Kepler Weber não vê risco de interrupção na cadeia de fornecimento de suas matérias-primas mesmo com os bloqueios mundiais de circulação decorrentes da pandemia do novo coronavírus. “Desde o início da crise, trabalhamos para não ter descontinuidade no abastecimento dos insumos como aço. No momento, não temos problema de fornecimento, mas temos estoque de segurança de produtos”, afirmou Abbondi. Segundo executivo, o desafio da empresa neste momento é gerir os preços pagos pelos produtos diante do cenário instável de oferta e demanda global dos insumos, que pode acarretar em oscilações bruscas dos preços. Quanto à pressão da concorrência interna por redução de preços a fim de aumentar a competitividade, Abbondi avaliou que houve apenas um “movimento pontual”. “É um movimento natural de mercado. Esse efeito deve ser minimizado pela retomada das vendas”, analisou o diretor. Fonte: Agência Estado.