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14/Abr/2020

Rações: previsão de retração do consumo em 2020

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), a perspectiva de redução da demanda do consumidor final por proteína animal e de queda do Produto Interno Bruto (PIB) per capita no mundo tende a resultar em menor produção de ração. É consenso entre os analistas e envolvidos no processo que a recessão será global. Um cenário que pode ser construído é o de que a menor demanda por proteína animal pode resultar em menor quantidade de ração a ser produzida. É importante ressaltar os desafios impostos a fabricantes de rações pela forte valorização do dólar ante o Real, em um momento de menor consumo de carnes no Brasil e no mundo.

A depreciação de cerca de 35% do Real ante a moeda norte-americana nos últimos 12 meses elevou os preços do milho, da soja e de itens como vitaminas, enzimas e outros aditivos que o Brasil importa. Ao mesmo tempo em que o preço da ração subiu, o valor pago a quem produz carne suína e de frango diminuiu. No mesmo período (últimos 12 meses), o preço da ração para frango e suíno subiu em média 35%, enquanto o preço do quilo do frango e do suíno pago ao produtor recuou 10%. O milho, que custava R$ 40,00 por saca de 60 Kg em abril de 2019, hoje está valendo R$ 61,00 por saca de 60 Kg, aumento de 52% em 12 meses. O farelo de soja subiu quase 50% no mesmo intervalo: era vendido a R$ 1.165,00 por tonelada e, em março, passou de R$ 1.725,00 por tonelada.

Com o menor consumo global, a tendência é de que os preços de milho e farelo de soja caiam, em dólar. Mas, é difícil estimar agora se o recuo desse preço em dólar vai compensar a desvalorização abissal do Real. O Sindirações tem atuado junto com outras entidades do agronegócio para discutir demandas convergentes e sugerir medidas de mitigação às autoridades do Executivo e Legislativo federal e estaduais. Dentre as propostas está a manutenção do fluxo de caixa, crédito e financiamento para garantia da produção, manutenção do emprego e abastecimento dos consumidores. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.