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20/Mar/2020

Fertilizantes: preços seguirão firmes no curto prazo

De acordo com o relatório trimestral Agroinfo divulgado pelo Rabobank nesta quinta-feira (19/03), a demanda internacional por fertilizantes deve continuar mantendo os preços dos fosfatados e nitrogenados firmes no curto prazo. No caso do adubo fosfatado MAP, cujo preço subiu 17% nas primeiras semanas do ano e se estabilizou a partir da metade de fevereiro, são esperados novos reajustes entre o fim de março e abril. A alta deve ser sustentada pelo aquecimento da demanda na Ásia junto com a restrição momentânea da oferta do produto na China. Para meados do segundo trimestre, contudo, a retomada da produção chinesa deve elevar a disponibilidade dos fosfatados no mercado e pressionar os preços.

Com relação aos nitrogenados, a previsão de um leilão de compra da Índia em março, demanda do Hemisfério Norte e menor oferta de insumos chineses devem continuar dando suporte para os preços no curto prazo. Tais fatores já contribuíram para um aumento dos preços de cerca de 10% neste ano. Em 2019, a Índia aumentou suas importações em torno de 4 milhões de toneladas, mas o incremento das exportações chinesas contrabalançou as cotações. O preço do potássio, em contrapartida, está em queda. Em meados de março, o valor do KCl acumulava queda de 15% no ano no mercado internacional. Com a China iniciando as negociações com os principais fornecedores e a expectativa de que algum acordo seja firmado em abril, os preços devem ganhar sustentação a partir do segundo trimestre.

No Brasil, a valorização de algumas commodities compensou a forte alta do dólar ante o Real nas últimas semanas e elevou a relação de troca de produtos por fertilizantes em 12 meses. Para a soja e o café por exemplo, o poder de compra avançou 23%. No caso do milho, a elevação na relação de troca foi de 46%. Apesar da disseminação coronavírus estar sob controle na China, a doença tem se espalhado rapidamente na Europa e começa a ganhar força na América Latina. As medidas de contenção da pandemia podem limitar a produção de fertilizantes e reduzir demanda de alimentos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.