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11/Mar/2020

Defensivos: ação no STF contra liberação automática

O PSOL apresentou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra portaria do Ministério da Agricultura que libera a autorização automática de agrotóxicos que não receberem parecer da Secretaria de Defesa Pecuária em até dois meses. A medida também é questionada pelo Rede Sustentabilidade, que entrou com processo semelhante na Corte contra a medida. A portaria impugnada foi publicada no fim de fevereiro e entra em vigor a partir de 1º de abril. O texto prevê que, caso o governo não consiga aprovar um agrotóxico em 60 dias e/ou fertilizantes em até 180 dias, o químico terá liberação automática. O partido alega que a portaria permitirá um exponencial aumento do crescente uso intensivo de agrotóxicos.

O registro tácito viola frontalmente as normas constitucionais: é especialmente incompatível ao direito ao meio ambiente equilibrado e ao direito à saúde, afirma o PSOL. Não pode o Estado abrir mão, como faz pelo deferimento tácito de produtos perigosos e tóxicos, de verificar a toxicidade, a periculosidade e a eficiência dos agrotóxicos em face de implicações nas mais diversas áreas da vida, da economia e da sociedade, alega a sigla. O governo afirma que a medida não eximirá fabricantes da necessidade de submeterem seus produtos para análises dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente.

O Ministério da Agricultura esclarece que o prazo estabelecido na Portaria 43/2020 somente se aplica, de acordo com o Artigo 1° da referida norma, aos atos públicos de responsabilidade da Secretaria de Defesa Agropecuária. Como a Lei 7.802/89 prevê um sistema tripartite de registro de agrotóxicos, em que tanto a Anvisa quanto o Ibama devem aprovar as solicitações de registro e encaminhar os respectivos pareceres favoráveis ao Ministério da Agricultura, o prazo somente passa a correr após o recebimento dos mesmos pelo Ministério da Agricultura. Assim, não há risco de nenhum produto ser registrado sem a análise técnica dos três órgãos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.