26/Fev/2020
As exportações chinesas de princípios ativos para a produção de defensivos agrícolas poderão ser prejudicadas caso o surto de coronavírus desencadeie uma interrupção no trânsito de pessoas e, consequentemente, no fluxo logístico. Isso pode prejudicar o Brasil, que é dependente de importações nesse setor. A China foi a origem de 38% do total importado pelas empresas brasileiras de defensivos. Para alguns herbicidas, como glifosato e imazaquim, a China forneceu 99% do que o Brasil importou em 2019. O momento atual da China, no entanto, ainda não parece ser de total paralisação da indústria.
O pico de importação do Brasil ocorre mais adiante, entre maio e outubro. Entretanto, caso o vírus não seja controlado e ocorra uma paralisação contínua das fábricas e da circulação de produtos e pessoas, o abastecimento pode ser prejudicado. Neste cenário, que é o pior, a indústria brasileira poderia sofrer com interrupção de fornecimento de produtos químicos agrícolas, o que pode levar a uma alta de preços de tais insumos. Os produtores devem estar atento às oportunidades de mercado de modo a minimizar os riscos de aumento de preço e de disponibilidade para a sanidade da lavoura. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.