12/Dez/2019
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) pediu para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina uma verba adicional de R$ 3 bilhões para o Moderfrota, principal linha de crédito para a compra de tratores e colheitadeiras do país, e de R$ 1 bilhão para o Pronaf Investimento, que financia equipamentos menores. Em documento entregue à ministra, a associação também reivindica R$ 750 milhões para o Moderagro, R$ 450 milhões para o Moderinfra e R$ 750 milhões para o Inovagro, outras linhas que fazem parte do Plano Safra. Para o Moderfrota, o Plano Safra 2019/2020 prevê R$ 9,6 bilhões, a juros de 8,5% a 10,5%, enquanto na safra anterior os recursos somaram R$ 8,9 bilhões. A liberação de recursos adicionais para o financiamento de máquinas e implementos agrícolas foi discutida em um almoço com o presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta-feira (11/12), e no dia seguinte (12/12) com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
A indústria já apresentou neste ano uma queda de 10% em receita nas vendas, quando a expectativa inicial era de crescimento de 10%, segundo João Carlos Marchezan, presidente do conselho de administração da Abimaq. Em outubro, a projeção para 2019 foi revisada para um crescimento de 1% a 2%. Ele afirma que as linhas de crédito com juros menores, como PCA, Pronaf e Moderagro, já se esgotaram. O Moderfrota a juros de 8,5% deve acabar em fevereiro. A linha de 10,5% ainda tem recursos, mas ninguém está tomando a mesma. Este ano tinha tudo para ser um ano positivo na indústria de máquinas agrícolas, mas em função de ter faltado dinheiro para financiamento já no fim de abril, o setor chegou na Agrishow, em Ribeirão Preto, sem dinheiro. Isso só foi se resolver com o Plano Safra novo, em julho, mas ele veio com taxas mais altas. O agricultor deixou de investir, porque esse patamar de juros não cabe no negócio dele. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.