18/Nov/2019

Segundo a CropLife Brasil, a liberação de novos registros de defensivos agrícolas pelo governo federal é positiva. Desde o início do ano, foram 382 novos registros, sendo, destes, 60 biológicos e 3 de novas moléculas. Houve ganho de eficiência com os novos registros nas agências regulatórias brasileiras, e não facilitação de registros. Havia produtos que estavam aguardando há oito anos o registro, quando a média mundial é de dois anos. Ainda há cerca de 30 defensivos na fila de registros, que já estão em uso em outros países, como Canadá, Austrália e Alemanha. A liberação de novos registros é uma necessidade da agricultura brasileira. Para a The Nature Conservancy (TNC Brasil) é fundamental que o governo esclareça à sociedade o que foi liberado.

A própria liberação deveria ter sido feita em linguagem muito mais acessível para a população e para a cadeia produtiva como um todo. A Embrapa defende as liberações, o governo e as empresas também, mas isso não foi comunicado da maneira adequada. Além de aumentar o número de registros, é importante fiscalizar a aplicação e agrotóxicos. A medição de resíduos também é importante. Desta forma, a sociedade pode ter acesso à informação e decidir se considera suficiente ou não. A Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio afirmou que a liberação dos defensivos químicos foi um processo muito generalista, o que prejudicou a comunicação. Mas, o setor de biológicos comemorou o registro de 60 novos produtos e a facilitação do processo.

Muito além dos gargalos logísticos ou da oscilação de preços de commodities agrícolas ou guerra comercial entre Estados Unidos e China, um dos principais obstáculos enfrentados pelo agronegócio brasileiro atualmente é a dificuldade de se comunicar e de mostrar ao mundo que é sustentável. A Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio) afirmou que a agricultura brasileira nunca soube fazer propaganda do que faz. Para o setor de biológicos, chega a ser mais fácil a comunicação, mas também precisa comunicar o alto nível de eficiência e tecnologia envolvido num defensivo biológico. O controle biológico de pragas e doenças na agropecuária ainda tem 80% de seu conhecimento a ser descoberto. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.