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11/Nov/2019

Kepler Weber: produtores deverão voltar a investir

Os gargalos para armazenagem da safra de grãos devem continuar, ou até mesmo piorar, na temporada 2019/2020, na análise da diretoria da Kepler Weber, líder no mercado nacional de silos e armazéns. Em teleconferência com investidores, o diretor presidente e de Relações com Investidores da Kepler Weber, Piero Abbondi, ressaltou que a safra será novamente recorde e o déficit de armazenagem continua. "Com a melhora do cenário macroeconômico, produtores devem voltar a investir em armazéns. Mas seguiremos diversificando a atuação e portfólio para não ficarmos dependentes de um segmento", disse Abbondi. O segmento de armazenagem ainda é o carro-chefe dos negócios da Kepler, que também atua em movimentação de granéis e reposição de peças e serviços. A companhia informou que a receita líquida no segmento no terceiro trimestre deste ano foi 11,4% menor ante igual intervalo de 2018, atingindo R$ 110,4 milhões, em virtude do menor volume de vendas no período.

A perspectiva da companhia, segundo o executivo, é de melhora na economia brasileira, impulsionada pela série de reformas propostas pelo governo federal. "Acreditamos que o cenário é positivo. Contudo, estamos preparados para possíveis solavancos tanto no ambiente nacional, global como no setor de agronegócios", ponderou Abbondi. O ano de 2019 tem sido desafiador para as empresas de equipamentos para a colheita e pós-colheita, na análise de Piero Abbondi. "O nosso resultado do terceiro trimestre veio de trabalho interno. A conjuntura do setor não ajudou", disse Abbondi. A escassez de recursos nas linhas de crédito para a compra de insumos agrícolas afetou todas as empresas do setor, segundo o executivo. "Viemos de um segundo trimestre muito fraco com aperto das linhas de crédito. Após o novo Plano Safra, anunciado em julho, voltamos à normalidade no financiamento", explicou Abbondi. Apesar da normalização dos negócios, a empresa não espera melhoria nas vendas do setor.

"O volume de crédito disponível no PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns) veio próximo ao do ano anterior. Então, os negócios de armazenagem devem seguir estáveis em comparação com o ano passado", projetou Abbondi. Quanto às exportações, em que as vendas ficaram praticamente estáveis frente 2018, o executivo atribuiu o desempenho ao arrefecimento do mercado da América Latina. "O quadro está muito fraco. Até mesmo os países que estavam atuantes estão retraídos, como Argentina, Equador e Bolívia, seja por questões de ambiente macroeconômico ou por recuo no segmento agrícola", pontuou Abbondi. Já na operação de movimentação de granéis, a empresa projeta crescimento da atuação. "Estamos muito otimistas com as concessões do governo para infraestrutura, as quais acreditamos que podem trazer oportunidades significativas para este segmento", ressaltou Abbondi. Fonte: Agência Estado.