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01/Nov/2019

Defensivos: Mapa reforça segurança dos alimentos

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participaram de audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados sobre o registro de defensivos agrícolas. A ministra antecipou parte dos resultados do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes de 2018. Segundo ela, 97% dos produtos vegetais analisados estavam dentro dos limites de resíduos. Os dados completos serão divulgados no próximo mês. A ministra afirmou que os resultados mostram que os alimentos consumidos são seguros e que a população brasileira pode ficar tranquila com o que consome.

Ela explicou que o processo de registro de um defensivo agrícola no País permanece o mesmo, sem mudanças e destacou que os novos produtos chegam ao mercado somente após a aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta ordem. Ela ressaltou que a questão dos defensivos deve ser debatida com base na ciência e não no achismo. Também apresentou dados que demonstraram a evolução do Brasil na área agrícola graças ao uso de tecnologia, defensivos, investimentos em pesquisas e, principalmente, aumento da produtividade.

Em 40 anos, a produção agropecuária nacional cresceu 388%, enquanto a área para os cultivos aumentou 33%. Sobre a agricultura tradicional e orgânica, ela reforçou que não há oposição entre as duas práticas. Elas são complementares e não excludentes. Neste mês de novembro, será lançada a Política Nacional de Bioinsumos, com o objetivo de incentivar o uso de defensivos biológicos. Segundo a ministra, a tendência é o uso de defensivos cair no decorrer dos anos, com a substituição desses por outras formas de combate às pragas. Daqui a 10 anos, é provável que não haja mais o debate sobre o uso de pesticidas, mas sim a edição gênica, que será o grande futuro da agricultura no mundo.

Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos casos de contaminação por defensivos no País ocorre por causa da aplicação de forma incorreta, sem equipamento de proteção. A ministra Tereza Cristina destacou que a maior preocupação do Ministério da Agricultura é com os pequenos produtores. Por isso, há projetos para levar orientação sobre a forma correta de aplicação e uso dos defensivos, e assim prevenir a contaminação. O pequeno produtor, muitas vezes, não sabe ler e precisa de assistência técnica, que nunca se fez no Brasil. Ela ressaltou que assistência técnica está longe de ser boa no Brasil. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.