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08/Out/2019

Máquinas agrícolas: vendas caem no 2º semestre

O aumento das taxas de juros do Plano Safra e a escassez de crédito rural no fim do primeiro semestre devem prejudicar o ritmo das vendas de máquinas agrícolas no país. O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Bastos, estimou que a receita com as vendas de máquinas agrícolas aumentará entre 1% e 2% em 2019. Inicialmente, a associação projetava um crescimento expressivo de 10%. Os produtores anteciparam as compras no primeiro semestre com medo de um Plano Safra com juros mais altos e da falta de recursos - cenário que se concretizou - e o segundo semestre não será tão bom, segundo Bastos. Ele ponderou que, a despeito do crescimento pequeno, o saldo não será ruim porque o aumento de 1% a 2% ocorre sobre uma base de comparação positiva. Nos dois últimos anos, as vendas de máquinas agrícolas aumentaram.

Há pouco tempo, no entanto, a expectativa de crescimento era bem maior - embora já não de 10%. Em agosto, a Abimaq chegou a projetar um crescimento de 5%, percentual que Bastos hoje considera otimista. De acordo com o representante da Abimaq, as taxas de juros foram elevadas, em média, em um ponto percentual, e oscilam entre 8,5% e 10,5% na safra 2019/2020. O juro alto não está agradando o produtor. Prova disso é que a linha de crédito que tem maior juro no Moderfrota tem orçamento de R$ 1 bilhão e R$ 80 milhões foram tomados. Segundo ele, as linhas de crédito com juros menores, como o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) e o Pronaf – para Agricultura Familiar –, estão tendo bom desempenho. Para o próximo ano, a perspectiva é de um desempenho semelhante ao de 2019. Não há motivo para esperar algo diferente, depois de dois anos de crescimento e não vai ser um ano ruim nem excepcional, projetou Bastos. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.