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23/Set/2019

Porto de Itaqui é a rota mais rápida para a Ásia

Com 13 terminais e 21 empresas instaladas, o Porto de Itaqui tem ganhado relevância dentro da estratégia das empresas de exportar seus produtos pelo Norte do País - caminho mais rápido para a Ásia, por exemplo. No ano passado, foram movimentadas 22 milhões de toneladas só no porto público, sem considerar os terminais instalados nas proximidades, como o Ponta da Madeira - da Vale -, um dos maiores exportadores de minério do mundo. A localização e as boas condições da baía têm chamado a atenção dos investidores. No ano passado, por exemplo, os chineses compraram o projeto de construção do Terminal de São Luís, para movimentação de fertilizantes, granéis líquidos e carga geral, sobretudo celulose. O empreendimento deve custar R$ 1,7 bilhão.

Há ainda outro R$ 1,2 bilhão em obras de expansão em andamento e novas licitações que serão feitas dentro do porto. Mas esse potencial do complexo não significa que esteja habilitado para ser uma zona franca de exportação, como propôs o relator da reforma tributária, Roberto Rocha (PSDB-MA). Essa não é a vocação do porto. Não faz sentido essa decisão, uma vez que o porto é exportador, sobretudo, de commodities, como minérios e grãos. O mercado mundial quer a soja, não o derivado do grão. Além disso, o momento atual não é propício a esse tipo de discussão. Até a Zona Franca de Manaus, já consolidada no País, tem sido alvo de questionamentos por parte de integrantes do governo. No Porto de Itaqui, a discussão tem de ir na direção da expansão e no desenvolvimento de novos terminais.

Para a Federação das Indústrias do Maranhão, ainda é muito prematuro debater se o Porto do Itaqui tem ou não condições de suportar uma transformação de São Luís em uma espécie de “zona franca”. Só a concretização dos negócios traria a real necessidade de ampliação e melhorias no Porto. Mas a proposta, vista como jogo político, tem adeptos locais. Na avaliação deles, o porto tem as condições para receber um projeto como a zona de processamento. O Sindicato das Indústrias Ferro Gusa do Maranhão lembra que a zona portuária é ligada por três ferrovias - Norte-Sul (da VLI), Estrada de Ferro Carajás (Vale) e a Transnordestina - ou seja, permite uma ligação do mercado interno para o externo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.