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19/Set/2019

Logística: produtores querem estímulo à cabotagem

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os produtores rurais estão na expectativa de avanços no setor de cabotagem, navegação entre portos de um mesmo país, que poderia melhorar a matriz de transporte e reduzir significativamente os custos logísticos. O agronegócio aguarda o lançamento do programa de estímulo à cabotagem, conhecido como BR do Mar. O programa BR do Mar prevê mudanças no sistema de afretamento, uma espécie de aluguel de embarcações, e no Adicional ao Frete da Marinha Mercante (AFRMM). Essa medida promove maior integração entre os modos de transportes e ameniza a dependência que temos dos caminhões para escoar produtos agropecuários.

Há desafios a serem superados para que o Brasil alcance uma navegação forte e competitiva para transportar levar as mercadorias com custos eficientes. Diante da imensa costa (cerca de 8.500 quilômetros), não é possível ficar fora da área de domínio da navegação. Atualmente, há dificuldades de importar navios, as tarifas tributárias e os custos de operação são desafiadores. A legislação precisa ser modernizada para reduzir os custos de fretes de cabotagem. O estímulo à navegação de cabotagem vai gerar impactos positivos para várias regiões brasileiras. O Brasil necessita de um novo arranjo da navegação de cabotagem, que possibilite a isonomia tributária com a navegação de longo curso, entre países.

Isso vai permitir que os preços se tornem mais competitivos para abastecer o mercado interno, pois, em alguns casos, é mais barato enviar um produto do Brasil para a Ásia do que transportar o mesmo produto de um porto da Região Nordeste para a Região Sudeste. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reforçou que o aumento das tarifas para o transporte de cabotagem, em torno de 12% ao ano, causa limitações para quem opta por este modal. A Aliança Navegação e Logística declarou que a empresa começou a trabalhar com navios que carregam 1.700 contêineres, considerados pequenos para os padrões internacionais, para conseguir operar em portos da Região Norte, que estão acima do Paralelo 16° Sul. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.