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18/Set/2019

Syngenta vai ao varejo com parceria e loja própria

A Syngenta estreia no varejo para fazer frente a fundos e empresas que têm assumido o controle de grandes distribuidoras de insumos agrícolas no País. Está abrindo lojas próprias e se une à cooperativa Cocamar, de Maringá (PR), para não perder espaço junto ao agricultor, um risco após grande número de revendas trocarem de comando. Até então, o modelo adotado era o de recorrer exclusivamente a uma quantidade enxuta de distribuidores, que garantiam prioridade aos produtos da marca. A estratégia também ajudará a expandir a atuação. Com a Cocamar, a Syngenta abrirá três lojas, todas em São Paulo, em Buri, Itapeva e Itaberá. Primeiro, a empresa tenta levar um distribuidor próprio para uma nova região. Quando isso não é possível, busca uma revenda na área ou alguém interessado em atuar como tal. Foi o caso da Cocamar, segundo André Savino, diretor de Marketing da Syngenta. Outra alternativa é abrir loja própria. No início de setembro, a Syngenta abriu em Ijuí, no noroeste gaúcho, sua primeira loja própria de insumos, com a bandeira Atua Agro.

Lá, oferece defensivos e sementes, fertilizantes e serviços. No mês que vem, inaugurará uma segunda loja, em Santa Maria (RS). Outras unidades próprias não necessariamente virão. Se os distribuidores ficarem com a empresa, não há por que abrir mais. O foco é a reciprocidade: a revenda garante mais espaço de produtos Syngenta e, em troca, a companhia se limita a poucas revendas na região, restringindo assim a concorrência. Pela primeira vez em 25 anos a mudança no mercado de insumos não é direcionada apenas pela indústria. Grandes fundos adquiriram distribuidoras e já comercializam mais de R$ 1 bilhão em produtos por ano. A indústria os vê como concorrentes e reage, com a abertura de redes próprias ou sociedades, como no caso da Syngenta. Há ainda as financeiras de tecnologia, as fintechs, que oferecem custos de crédito mais baixos para os canais de distribuição independentes e substituem os aportes feitos até agora pelas indústrias. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.