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14/Ago/2019

Insumos: pesquisa demonstra perfil das revendas

De acordo com pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), mais de 70% das distribuidoras de insumos agrícolas do País estão abertas a receber propostas de fusão ou aquisição por investidores externos. A pesquisa ouviu 354 revendas, ou 86% das 412 associadas à Andav. Na Região Sul, 75% dos que responderam afirmaram que aceitariam receber propostas de investidores. Nas Regiões Sudeste e Norte, 73% e na Região Centro-Oeste, 72%. Apenas na Região Nordeste o percentual cai para 57% dos entrevistados. Das 354 distribuidoras entrevistadas, 35% são da Região Centro-Oeste, 31% da Região Sul; 24% da Sudeste, 7% da Região Nordeste e apenas 3% da Região Norte. O levantamento aponta que o mercado de insumos agrícolas e pecuários movimentou em 2018 um montante de R$ 110 bilhões, dos quais 38,6% por meio de negócios realizados por distribuidores associados à Andav. Dentre as associadas, 89% ainda são controladas por seu fundador.

Os fundadores continuam à frente da gestão do negócio em 82% dos casos. Em outros 17%, a empresa é administrada por um executivo e somente 1% das revendas é gerida pelo sucessor. A idade média de fundação das distribuidoras é de 14 anos, sendo que apenas 9% delas têm 30 anos ou mais de fundação. Com base nas respostas, a pesquisa revela que percentual pequeno das revendas, 21%, possui armazém de grãos para receber produto entregue por agricultores. Na Região Sul, o número chega a 32% e, na Região Centro-Oeste, a 22%. Ainda assim, tal estrutura equivale a 2,8 vezes a capacidade estática de armazenamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A pesquisa aponta também que das 354 revendas participantes, 58% possuem filiais. Do total, 44% têm de 2 a 5 filiais e 30%, têm apenas 1 filial. Na outra ponta, somente 6% conta com mais de 15 filiais. Ao menos 30% das empresas consultadas afirmaram que pretendem abrir novas filiais.

Na Região Norte, este percentual chega a 64% das revendas locais; na Região Centro-Oeste, 34%; na Região Sudeste, 34%; na Região Sul, 35% e na Região Nordeste, 39%. Outra informação destacada pelo levantamento foi o peso das negociações com prazo safra, em que o produtor quita sua dívida cerca de um ano depois, durante a colheita, para as revendas. Entre as que responderam, 34% afirmaram que mais de 71% de suas vendas são feitas nesta modalidade; 32% informaram que de 51% a 70% dos negócios são feitos com prazo-safra; para 14%, este prazo vale para 31% a 50% das vendas; e 20% informaram que até 30% das vendas são feitas desta forma. Observando o perfil dos colaboradores, 46% possuem graduação, 7% pós-graduação e 33% têm nível técnico de escolaridade; apenas 14% contam apenas com o ensino fundamental. Do total de colaboradores, 87% trabalham pelo regime CLT. A participação das mulheres no quadro de funcionários tem aumentado. No ano passado, elas representaram, na média, 29% da força de trabalho das revendas.

Na Região Centro-Oeste, as mulheres representaram 31% da equipe; na Região Nordeste, 32%; na Região Sudeste, 25%; na Região Sul, 24%, e na Região Norte, 29%. A pesquisa aponta que o sistema de distribuição de insumos agrícolas do País tem relacionamento com 48% das propriedades agrícolas do Brasil. Destas, 80,2% têm até 50 hectares; 13,8%, de 50 a 200 hectares; 5,9% possuem de 200 a 5 mil hectares e somente 0,1% têm extensão de mais de 5 mil hectares. Além disso, a evolução dos estoques de passagem das distribuidoras de insumos agrícolas vem caindo desde 2017. Era 23% do faturamento em 2016, caiu para 18% em 2017 e para 11% no ano passado. A entidade vem orientando seus associados a reduzir ainda mais seus estoques, argumentando que grandes volumes de produtos armazenados afetam negativamente o balanço financeiro das empresas e as tornam mais suscetíveis a roubos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.