12/Ago/2019

Um mediador nomeado pela Justiça negou que Bayer tenha proposto pagar US$ 8 bilhões como parte um acordo para encerrar ações judiciais nos Estados Unidos que alegam que o herbicida Roundup, produzido à base de glifosato, causa câncer. Uma reportagem publicada pela Bloomberg elevou as ações da empresa em até 11% na sexta-feira (09/08), com investidores saudando a perspectiva de que as milhares de ações judiciais sobre o tema poderiam ser encerradas. A Bayer, a Monsanto e os advogados dos autores das ações ainda não começaram a discutir o assunto.

A Bayer não quis comentar sobre o assunto. O processo de mediação continuará no próximo mês. Desde que concluiu a aquisição da fabricante do Roundup, a Monsanto, no ano passado, por US$ 63 bilhões, o valor da Bayer despencou, com milhares de pessoas entrando com ações judiciais alegando que a exposição aos herbicidas fez com que desenvolvessem câncer. Em seu mais recente relatório trimestral de resultados, a Bayer informou que o número de requerentes que entraram com processos aumentou 5 mil, elevando o total para 18.400. A empresa teve resultados desfavoráveis em julgamentos com júri nos Estados Unidos e analistas têm tido dificuldades para avaliar a extensão dos passivos da Bayer.

A companhia tem consistentemente defendido o histórico de segurança do Roundup e afirmou que as alegações contra o produto não resistem ao escrutínio científico. Em junho, a Bayer disse que buscaria ajuda legal externa e formaria um comitê dedicado do conselho de supervisão para supervisionar sua estratégia legal. As ações da Bayer podem subir até 30% se a empresa conseguir um acordo de US$ 8 bilhões. No entanto, os requerentes provavelmente exigirão mais do que os US$ 400 mil por pessoa implicados em tal acordo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.