01/Ago/2019

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas afirmou nesta quarta-feira (31/07) que o governo quer mudar a matriz do transporte brasileiro para que os trens possam fazer os trechos de longa distância. O ministro participou da cerimônia de assinatura da concessão dos tramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul, em Anápolis, Goiás. Segundo ele, a ferrovia é a "espinha dorsal" que vai interligar o País e que será importante para escoar a produção da região central do Brasil. Haverá um choque de oferta e o frete ficará mais barato. Ele também afirmou que, em breve, o governo irá renovar a concessão da malha do estado de São Paulo, o que poderá gerar investimentos de R$ 7 bilhões. A empresa Rumo Logística, maior operadora logística com base ferroviária independente do Brasil, fará a operação dos trechos da Norte-Sul.

Ela venceu a disputa do trecho que vai de Porto Nacional (TO) até Estrela D'Oeste (SP) em leilão que foi realizado no dia 28 de março pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A empresa ofereceu R$ 2,7 bilhões pela concessão e operará cerca de 1,5 mil Km por 30 anos. A Cosan e a Rumo afirmaram que a concessão ajudará na expansão da fronteira agrícola do País. A ferrovia agradará também aos caminhoneiros, que poderão operar nas pontas da ferrovia. O governador de Goiás afirmou que a Ferrovia Norte-Sul tem um fator multiplicador imensurável. Será a maior linha férrea capaz de democratizar a comercialização dos produtos.

O trecho central vai de Porto Nacional a Anápolis, com extensão de 855 Km, e o sul vai de Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela D'Oeste (SP), com extensão de 682 Km. O tramo central está pronto e disponível para a operação do transporte comercial de cargas. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a concessão dos trechos da ferrovia Norte-Sul será importante para resolver o gargalo da logística agropecuária do País. De acordo com ela, 40% do custo da produção brasileira está ligada à logística de distribuição e transporte. O objetivo da ferrovia é que ela escoe a produção industrial de São Paulo para a Região Centro-Oeste e transporte grãos de Tocantins, Goiás e Mato Grosso ao Porto de Santos (SP), para exportação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.