23/Jul/2019
A gigante indiana de agroquímicos UPL, quinta maior do setor no mundo após a compra da norte-americana Arysta LifeScience, em 2018, decidiu entrar no jogo já disputado por alguns de seus concorrentes, como a Syngenta. Ciente da crescente cobrança do consumidor quanto à segurança dos alimentos, aproveitou a integração com as operações da Arysta para passar a oferecer, em conjunto, produtos de controle biológico e químico e tecnologias digitais para combate de pragas e doenças nas lavouras. Até então, a venda era separada e feita por diferentes equipes comerciais. A estratégia prevê, ainda, o investimento de US$ 200 milhões, nos próximos cinco anos, em pesquisa de soluções nessas três vertentes e em nutrição vegetal, segundo Fábio Torretta, presidente da UPL no Brasil. A empresa tem feito mais de mil ensaios por ano explorando a sinergia entre agroquímicos e biológicos.
O executivo planeja, além disso, a expansão da linha de produção de biológicos dentro de um ano e as de herbicidas e fungicidas, em dois ou três. O Brasil, que já é o principal mercado da UPL, terá relevância cada vez maior. Hoje o País representa 20%, ou US$ 1,07 bilhão, do faturamento global de US$ 5 bilhões, seguido da Índia. No mercado interno, a companhia situa-se em quinto lugar. Em três anos, Torretta projeta subir ao terceiro posto, alcançando receita de US$ 1,5 bilhão em 2022. Ter bases na Índia favorece a operação da UPL no Brasil, pois é naquele país que ela obtém a maior parte das matérias-primas de que precisa. Isso elimina a dependência da China, principal fornecedor de insumos para agroquímicos, mas que fechou diversas fábricas após adotar fiscalização ambiental mais rígida. Além disso, a Índia tem preocupação com segurança alimentar e interesse na produção brasileira. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.