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08/Jul/2019

Defensivos: registros cresceram e vendas recuam

Enquanto o número de registros de defensivos no Brasil subiu de 277 em 2016 para 405 em 2017, as vendas caíram no mesmo período, segundo o Ministério da Agricultura. Em 2016, foram comercializadas 541.861,09 toneladas de produto, informou a pasta com base em dados do Boletim Anual de Produção, Importação, Exportação e Vendas de Agrotóxicos no Brasil, elaborado pelo Ibama. No ano seguinte, o volume recuou para 539.944,95 toneladas. Em 2018, o número de defensivos registrados chegou a 450 e no primeiro semestre de 2019, a 211, dentro da média dos dois últimos anos. Nos seis primeiros meses de 2018, foram registrados 208 produtos; em igual período de 2017, 171. Em 2019, apenas um produto traz ingrediente ativo novo - os demais são genéricos, ou seja, com ingredientes ativos já comercializados no País, segundo o Ministério. O fato de haver mais marcas disponíveis não significa que vai aumentar o uso de defensivos no campo.

O que determina o consumo é a existência ou não de pragas, doenças e plantas daninhas. Os agricultores querem usar cada vez menos em suas plantações, pois os defensivos são caros e representam, em média, 30% do custo de produção. O registro de novos produtos deve resultar, no médio prazo, em diminuição do consumo. Além dos novos produtos serem menos tóxicos que os já autorizados, as exigências de dosagens são significativamente menores que as de produtos mais antigos. Alguns têm dosagens eficientes de até 10 g de produto formulado/hectare, podendo substituir defensivos que demandam maiores dosagens para controle das mesmas pragas. A maior velocidade na concessão de registros nos últimos anos se deve às medidas de redução da burocracia implementadas nos três órgãos envolvidos, especialmente na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O objetivo da aprovação de produtos genéricos é aumentar a concorrência, diminuir o preço dos defensivos e, possivelmente, o custo de produção. Já a aprovação de novos produtos visa disponibilizar alternativas mais eficientes nas lavouras e de menor impacto ao meio ambiente e à saúde humana. Atualmente, estão aprovados no País 2.173 produtos formulados de agroquímicos e afins. Os formulados são os autorizados para controle de pragas na agricultura brasileira que podem ser adquiridos por produtores rurais em lojas especializadas, mediante emissão do receituário agronômico. O Boletim de comercialização do Ibama é elaborado com base em dados apresentados semestralmente pelas empresas de agrotóxicos, componentes e afins aos órgãos federais e estaduais responsáveis pela fiscalização das substâncias. A não apresentação ou fornecimento de informações incorretas leva a aplicação de sanções, segundo o Ministério da Agricultura. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.