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13/Mai/2019

Máquinas: recursos para financiamento esgotados

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), depois de arrefecerem em abril, as vendas de máquinas agrícolas deverão retomar o ritmo de crescimento em maio. Foram comercializadas 3.111 unidades no mês passado (o número também inclui retroescavadeiras), 17,5% menos que em março e quantidade 24,8% inferior à de abril de 2018. A demanda aquecida registrada desde o segundo semestre do ano passado caiu diante das dúvidas sobre a liberação de recursos adicionais com juros controlados para o Moderfrota, principal linha de crédito para a compra de tratores e colheitadeiras do país cujo valor inicialmente programado (R$ 8,9 bilhões) se esgotou. Em abril, várias linhas de crédito do Plano Safra estavam suspensas por falta de recursos, como o Pronaf e o Moderfrota, e havia uma expectativa em relação à Agrishow (feira agropecuária realizada em Ribeirão Preto – SP), o que fez muitos produtores esperarem para fechar negócios.

A verba adicional de R$ 536 milhões anunciada na feira para o Moderfrota certamente vai se refletir nas vendas do segmento neste mês de maio, que deverão crescer na comparação com abril. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a expectativa é de estabilidade. Apesar do tropeço, as vendas subiram 6,4% de janeiro a abril sobre o mesmo período de 2018 e chegaram a 12.404 unidades. A Anfavea mantém a perspectiva de crescimento de 10,8% ao todo este ano, para 53 mil unidades. Para o novo Plano Safra (2019/2020), que deverá ser anunciado em 12 de junho, a perspectiva da entidade é de manutenção dos patamares atuais de recursos e de juros. Mas, ainda não há certeza. Na semana passada, contudo, o governo aventou a possibilidade de aumentar os juros do Moderfrota, que neste ciclo oscilaram entre 7,5% e 9,5% ao ano.

Até que o novo plano entre em vigor, o cenário de recursos escassos para financiamentos deverá persistir. Existe um esforço dos bancos privados para atender à necessidade do mercado com a falta de recursos do crédito rural, mas não é possível afirmar se isso será suficiente. Ainda que os bancos privados estejam se esforçando, o segmento é extremamente refratário a taxas de juros variáveis. Isso represa os negócios e reduz investimento. As exportações de máquinas cresceram 12,5% em abril ante ao mesmo mês de 2018 e 13,8% em relação a março, para 1,2 mil unidades. A produção somou 4,5 mil unidades, queda de 10% em relação a abril de 2018 e alta de 1% ante março deste ano. No primeiro quadrimestre, houve queda de 9,9%. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.