09/Dec/2025
Segundo os dados do Índice de Frete Rodoviário da Edenred (IFR), com base na plataforma Repom, o preço médio do frete por quilômetro rodado no País registrou alta de 1,11% em novembro, após três meses de recuos. O valor médio nacional passou de R$ 7,23 em outubro para R$ 7,31 em novembro. O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição é levantada com base nos dados exclusivos das 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom. O avanço é decorrente de um conjunto de variáveis econômicas que voltaram a pressionar os custos do transporte. O preço do diesel, principal insumo do setor, apresentou um discreto avanço no mês.
De acordo com o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o diesel S-10 ficou 0,16% mais caro em novembro, atingindo média de R$ 6,22 por litro, enquanto o diesel comum manteve o valor de R$ 6,19 por litro registrado em outubro. Mesmo discretas, essas variações costumam repercutir rapidamente na formação do frete. Outro fator de pressão seria a taxa básica de juros em patamar elevado, encarecendo o crédito e aumentando os custos financeiros da operação, o que diminuiria a margem de manobra das transportadoras. No agronegócio, a estratégia adotada por parte dos produtores de reter estoques de soja para comercialização no segundo semestre incrementou o volume de cargas em circulação, sustentando a demanda por fretes e pressionando preços em algumas rotas.
O período da Black Friday também exerceu influência sobre o mercado. A data, marcada por forte movimento no varejo, acelerou a demanda por fretes em algumas indústrias, especialmente no setor de bens de consumo e eletroeletrônicos, contribuindo para o aumento do volume de cargas e pressionando os preços em determinadas rotas. Apesar da elevação em novembro, a expectativa para o fim do ano é de ajustes apenas pontuais. A alta do frete por quilômetro rodado observada em novembro é resultado de fatores conjunturais, como o leve aumento do diesel e a dinâmica do agronegócio neste período. Ainda assim, o mercado permanece equilibrado, sem grandes saltos de demanda ou custos. A expectativa é de estabilidade na virada para 2026. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.