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18/Nov/2025

Hidrogênio Verde para avançar na descarbonização

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta segunda-feira (17/11) um estudo apontando que a certificação do hidrogênio de baixo carbono (H2BC) pode ser um instrumento importante para que o Brasil avance na descarbonização da indústria e dos transportes pesados. O levantamento reforça a necessidade de sistema de certificação confiável para garantir credibilidade ambiental, atrair investimentos e permitir o acesso a políticas de incentivo. A divulgação foi feita na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). O levantamento é chamado de "Certificação do Hidrogênio: Benchmarking do Processo de Certificação e Contribuições ao Brasil".

Foram comparados modelos adotados por dez países: Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, China, Canadá, Japão, Índia, Austrália, França e Coreia do Sul, além do Brasil. A certificação é uma espécie de "selo de garantia", ao comprovar que o produto foi criado com baixa emissão de gases do efeito estufa (GEE). Essa validação, reforça a CNI, é necessária para dar segurança a investidores e compradores e evitar greenwashing. O Brasil tem condições singulares de se posicionar como um grande fornecedor de hidrogênio de baixo carbono. Mas, para transformar esse potencial em vantagem competitiva real, precisa de regras claras, proporcionais e compatíveis com a realidade produtiva.

O estudo recomenda que o Sistema Brasileiro de Certificação do Hidrogênio (SBCH2), já previsto em lei, adote um modelo "simples, flexível e alinhado a padrões internacionais". A regulamentação ainda precisa ser definida pelo governo. O estudo recomenda que essa etapa detalhe as metodologias de cálculo, governança e reconhecimento internacional. A proposta também sugere o uso da chamada fronteira well-to-gate, que mede as emissões desde a geração da energia até o portão da fábrica, sem incluir transporte e uso final. Em todo o País, mais de R$ 250 milhões já foram investidos em 45 projetos de pesquisa com hidrogênio de baixo carbono realizados por nove Institutos Senai de Inovação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.