03/Nov/2025
Segundo a Success, empresa especializada em tecnologia da informação para a cadeia do agro, investir em inovação, em particular em inteligência artificial, nos próximos 12 meses poderá ser uma vantagem competitiva no agro por até cinco anos. A adoção de IA e de novas tecnologias será uma obrigação para quem quiser sobreviver no agro. Enquanto o rádio e a televisão levaram décadas para atingir 100 milhões de usuários, a internet levou sete anos e o ChatGPT, apenas três meses. O ritmo de disseminação das inovações demonstra a urgência da transformação digital. Não há mais tempo a perder. O futuro já começou e exige ação imediata e garantida. Quem investir em IA nos próximos 12 meses terá de três a cinco anos de vantagem competitiva. Dados ilustram o ganho de eficiência que se consegue com as tecnologias digitais.
A agricultura de precisão com inteligência artificial já leva a aumentos de produtividade de 25%, tratores autônomos representam ganhos de 22%, e sistemas integrados com sensores otimizam a produção em até 20%. Outras inovações, como variedades desenvolvidas por biotecnologia e manejo de pragas com IA, aumentam os resultados em 16% e 15%, respectivamente. O segredo está em definir metas claras e mensuráveis, envolver a alta liderança e trabalhar em ciclos curtos de alguns meses, avaliando resultados antes de decidir os próximos passos. A Solinftec apresentou resultados práticos da robótica agrícola e da aplicação de IA no campo. A combinação dessas tecnologias está transformando o manejo das lavouras, com impacto direto sobre custos, sustentabilidade e produtividade. A robótica agrícola é o aperfeiçoamento de duas técnicas: automação e inteligência de decisão. Os sistemas da Solinftec utilizam câmeras e IA para diferenciar o que é planta daninha do que é cultura. Isso permite aplicar herbicidas apenas onde é necessário.
O resultado é expressivo: até 90% de redução no uso de moléculas químicas e preservação da microbiologia do solo; consegue-se preservar cerca de 40% a mais do que nas áreas pulverizadas anteriormente. Esses benefícios fisiológicos se convertem em produtividade. Ao preservar a vida no solo, a planta responde melhor. Isso se traduz em mais vigor, melhor enchimento de grãos e mais rentabilidade. Na pecuária, a Solinftec registrou avanços significativos em pastagens, com ganhos de 46% em altura e de 16% em matéria seca a partir do manejo inteligente de herbicidas. A Inttegra abordou o papel da tecnologia na pecuária e as transformações entre uma geração e outra, que influenciam o uso de inovação no campo. Não se trata de um ‘apagão’ de mão de obra, mas de entendimento. A nova geração tem outra relação com o trabalho rural, e é preciso usar inteligência artificial, aplicativos e robótica como ferramentas de inclusão. Com a chegada das novas gerações e o avanço tecnológico, o manejo da pecuária exige adaptações a um novo padrão climático e a processos mais integrados.
Hoje, 30% das fazendas ainda emitem carbono, 40% zeram as emissões e 30% são aspiradores de carbono. A tecnologia é a ponte que permitirá elevar a eficiência ambiental e produtiva. A experiência prática reforça a tese: o uso de pastoreio digital aumentou em 32% a produtividade dos pastos, além de melhorar o controle e o bem-estar animal. É mais fácil treinar um novo funcionário para pilotar um quadriciclo do que um cavalo. As ferramentas digitais reduzem barreiras e ampliam o acesso a boas práticas de manejo. O consenso entre os especialistas é de que o agronegócio brasileiro vive uma janela curta, mas decisiva, para consolidar sua liderança tecnológica. A convergência entre IA, robótica, biotecnologia e análise de dados está redefinindo a eficiência operacional e ambiental do setor. O produtor precisa antecipar o futuro. O mesmo vale para empresas e cooperativas que desejam se manter competitivas. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.