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23/Oct/2025

Portos: resultado dos leilões realizados em 22/10

O Consórcio Canal Galheta Dragagem (CCDG) arrematou nesta quarta-feira (22/10) a concessão do canal de acesso do Porto de Paranaguá (PR), o primeiro desse tipo no País. O grupo, composto pela brasileira FTS e a belga Dem, ofereceu o desconto máximo de 12,63% sobre a taxa cobrada dos navios e uma outorga de R$ 276 milhões, desbancando outros três concorrentes em um certame com forte presença estrangeira. A FTS, que já atua no Porto de Paranaguá, e a companhia belga de dragagem disputaram a etapa final com a chinesa CHEC Dredging, do conglomerado estatal China Communications Construction Company (CCCC). O certame contou ainda com a participação da belga Jan De Nul e da brasileira DTA Engenharia, que não avançaram às etapas finais. O leilão começou com o critério de maior desconto sobre a tarifa Inframar, paga pelos navios para acessar o porto. Como dois proponentes atingiram o limite máximo previsto no edital, o certame avançou para o segundo critério, de maior outorga.

Nesta etapa, a segunda colocada foi desbancada pelo grupo ganhador após uma longa disputa a viva-voz. As ofertas iniciais que eram de R$ 86,1 milhões para a empresa chinesa e de R$ 160,2 milhões para o consórcio subiram até os valores finais de R$ 275 milhões e R$ 276 milhões, respectivamente. Esse valor é referente à outorga que deverá ser paga pela ganhadora antes do início da operação. O contrato prevê ainda o pagamento de uma outorga fixa de R$ 86 milhões ao longo de 25 anos, com possibilidade de prorrogação para até 70 anos. Adicionalmente, a concessionária terá que investir R$ 1,22 bilhão nos cinco primeiros anos de concessão. Atualmente, a manutenção e dragagem do acesso é feita pela autoridade, mas, com a concessão, a responsabilidade passa para a empresa vencedora. Outros serviços como sinalização, batimetria e monitoramento das embarcações também serão controlados pela concessionária.

Também nesta quarta-feira (22/10) foram concedidos os arrendamentos de áreas portuárias em Maceió (Terminal Marítimo de Passageiros), arrematado pelo Consórcio Britto-Macelog II, e no Rio de Janeiro (RDJ07), que teve a Petrobras como vencedora. Menor apenas que o Porto de Santos (SP) na América Latina, o Porto de Paranaguá recebe 2,6 mil navios por ano, com destaque para granéis sólidos, como soja e proteína animal. Com a concessão, o calado do canal será ampliado de 13,5 metros para 15,5 metros de profundidade, elevando a capacidade do porto para receber navios de maior porte. A cada centímetro a mais na profundidade do canal de acesso corresponde a um aumento de 60 toneladas de carga no porão do navio, explica o Ministério de Portos e Aeroportos. O novo formato de concessão dá maior previsibilidade às operações, possibilitando maior eficiência do porto e aumento na movimentação de cargas, avalia o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Ele complementa dizendo que o certame servirá de modelo para futuras concessões já previstas para os portos de Santos (SP), Itajaí (SC), Salvador (BA) e Rio Grande (RS). A expectativa do ministro é que Paranaguá se torne mais atrativo para a movimentação de contêineres e operações do agronegócio, especialmente quando estiverem em operação três terminais leiloados em abril deste ano, destinados a granel sólido vegetal. O porto está entrando em outro estágio, com investimentos que vão dobrar a capacidade de escoamento da safra agrícola e abrem oportunidades para exportação de mais 20 milhões de toneladas por ano, afirmou. Ainda, a Petrobras arrematou nesta quarta-feira (22/20) a concessão para arrendamento do terminal RDJ07, localizado no Porto de Rio de Janeiro (RJ). A ganhadora ofereceu uma outorga de R$ 104 milhões em leilão realizado na sede da B3, em São Paulo. A Petrobras desbancou a Sul Real, que ofertou R$ 1 milhão.

A disputa chegou a ir a viva-voz, mas a estatal foi consagrada vencedora após a oponente não ter interesse em apresentar uma nova proposta. O RDJ07 é destinado à movimentação de cargas de apoio logístico offshore, voltadas às atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural. O investimento previsto é de R$ 99,4 milhões ao longo de 25 anos de contrato. O projeto de concessão contempla demolição de estruturas antigas e construção de um novo galpão com área mínima de 3.500 metros quadrados (m²), além da implantação de áreas administrativas e operacionais, portarias e cercamento. As vias internas de acesso também receberão intervenções de melhoria. Entre os investimentos previstos estão a aquisição de equipamentos de grande porte, como seis guindastes, dez empilhadeiras e vinte carretas, além da instalação de um novo sistema de combate a incêndio e de uma subestação elétrica. As intervenções compõem o conjunto de ações voltadas à modernização da infraestrutura e ao aumento da capacidade operacional do terminal. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.