21/Oct/2025
A estratégia de consolidação de revendas de insumos agrícolas perdeu força no Brasil, e o mercado volta a valorizar canais regionais com estrutura enxuta, foco em relacionamento e conhecimento local. A mudança ocorre num momento de crédito restrito, em que o financiamento privado ocupa espaço deixado por bancos e recursos oficiais. A Bayer destacou o avanço do crédito privado como consequência da escassez de recursos próprios e subsidiados. Levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) sobre o financiamento da soja indica que o capital próprio do agricultor caiu de 30% para 20% na última safra.
O crédito federal está mais escasso, e o que ficou foi o crédito privado. A Boa Safra Sementes avaliou que a busca por escala gerou estruturas caras e distantes do produtor. Imaginava-se que a consolidação reduziria o custo de servir, mas aconteceu o contrário. O agro é uma relação de pessoas, e o setor tentou funcionar quase como um e-commerce. A Mosaic observou que o setor foi surpreendido pela dimensão do desafio financeiro nesta safra. O agricultor ainda está comprando semente e fertilizante em outubro, o que mostra como o problema foi subestimado.
A empresa passou a planejar 2026 integrando comercial, marketing e soluções financeiras para definir o formato de venda adequado a cada cliente. A Coopama afirmou que grandes produtores buscam preço, enquanto médios e pequenos dependem mais de crédito e relacionamento. O produtor quer ver na conta quanto ganhou de margem ou produtividade. A informalidade ainda trava a expansão do crédito rural, com arrendamentos sem contrato e renda sem declaração. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.