20/Oct/2025
A Agrolend, fintech especializada em crédito digital para o agronegócio, alcançou uma carteira de crédito de R$ 600 milhões e ampliou sua atuação para atender também grandes indústrias de insumos agrícolas, além de produtores e revendas. O anúncio foi feito na sexta-feira (17/10). A originação mensal está em torno de R$ 100 milhões, mantendo disciplina de risco e velocidade de resposta ao cliente. A Agrolend tem ocupado um espaço que antes era dominado pelos grandes bancos, que hoje mostram menor apetite por crédito ao agro. A fintech vem diversificando suas fontes de financiamento por meio de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), que já somam cerca de R$ 500 milhões captados em plataformas como XP, BTG, Nubank, Itaú e Mercado Livre, com participação de quase 20 mil investidores pessoas físicas.
A empresa destacou que isso é confiança de quem coloca o capital onde enxerga valor, governança e propósito. A empresa nasceu com foco em produtores de médio porte e revendas de insumos, mas agora passa a desenhar estruturas de crédito sob medida para indústrias, oferecendo soluções mais sofisticadas, ágeis e integradas à realidade da cadeia de suprimento. São financiamentos com prazos alinhados à safra, processos enxutos e integração de dados em tempo real. Entre os novos produtos estão antecipação de recebíveis, CPR financeira com repasse direto ao fornecedor e CPR financeira com recebíveis em garantia. Essa evolução amplia o alcance da Agrolend e posiciona a empresa como parceiro estratégico para quem quer vender mais, receber melhor e financiar com segurança.
A expansão ocorre em um momento de escassez de crédito no agronegócio, cenário que tende a continuar. Há produção, há demanda por insumos, e há necessidade de mecanismos financeiros eficientes para girar estoques, apoiar vendas e dar suporte ao produtor. É aí que a Agrolend cria valor, conectando capital à necessidade real, com agilidade e precificação adequada ao risco. O processo de consolidação entre revendas perdeu força e as multinacionais estão mais cautelosas na concessão de crédito no Brasil. As empresas buscam alternativas locais que preservem capital de giro e deem previsibilidade à cadeia. Isso abre espaço para estruturas que integrem indústria, distribuição e produtor com governança e dados de ponta a ponta. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.