20/Oct/2025
Segundo relatório do Citi, apesar de mais um trimestre desafiador, o pior pode ter ficado para trás para a Kepler Weber, líder no mercado de armazenagem de grãos. A expectativa é de que a companhia comece a mostrar sinais de recuperação no terceiro trimestre de 2025, após registrar a pior margem EBITDA desde a pandemia no segundo trimestre. O banco prevê uma margem EBITDA de 16,5% para o terceiro trimestre de 2025 (3T25), acima dos 12,2% registrados no trimestre anterior, mas ainda abaixo dos padrões históricos da companhia. A receita líquida deve cair cerca de 5% na comparação anual, enquanto o EBITDA projetado é de R$ 69 milhões, uma queda de 26% em relação ao mesmo período de 2024.
Mesmo com esse cenário pressionado, o Citi acredita que há indícios de melhora, com volumes levemente superiores nas negociações recentes. Ainda assim, o setor do agronegócio no Brasil continua em situação financeira delicada. No entanto, a perspectiva de uma safra recorde em 2025/2026, conforme projeção da companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada na terça-feira (14/10), e o início de um ciclo de corte de juros no País, conforme análise dos economistas do banco, podem impulsionar os investimentos por parte dos clientes da Kepler a partir do próximo ano.
Diante disso, o Citi reclassificou a ação para “Neutra com risco alto”, alertando que as eleições de 2026 também devem influenciar as decisões de investimento e aumentar a volatilidade do papel no curto prazo. Para 2026, espera-se um ano de transição, influenciado por eleições, cortes de juros e uma colheita forte no agronegócio. A plena recuperação da rentabilidade da companhia só deve ocorrer em 2027, quando a margem EBITDA pode atingir 18%. Mesmo com as mudanças no cenário, o Citi manteve o preço-alvo da ação em R$ 8,00, refletindo novas estimativas de capex e uma taxa de desconto (WACC) ajustada de 15%, ante os 17% anteriores. Fonte: Broadcast Agro.