20/Oct/2025
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, inaugurou no dia 9 deste mês o Laboratório de Hidrogênio, LabH2. No local, será produzido hidrogênio para pesquisar como baratear seu preço, tornar seu uso mais eficiente e armazená-lo de forma segura, além de como os automóveis ou a indústria podem utilizá-lo. O objetivo do laboratório é acelerar o uso de hidrogênio no Brasil e facilitar a implementação dessa tecnologia, com potencial para reduzir significativamente as emissões de gás carbônico, o principal causador do efeito estufa. O LabH2 deve ainda formar mão de obra especializada com cursos de pós-graduação e realizar projetos de pesquisa, em parceria com empresas, prefeituras e instituições de países como Alemanha e Portugal. O laboratório fica na Cidade Universitária da USP, em São Paulo.
São 1 mil m² de área construída, com dois pontos para abastecimento com hidrogênio, que permitirão atender tanto automóveis quanto ônibus e caminhões, e 30 técnicos especializados em energia renovável. O governo investiu R$ 50 milhões no local. Automóveis movidos a hidrogênio vão ser uma grande revolução. Além de não fazer barulho, a energia gerada pelo hidrogênio é limpa. O LabH2 é um exemplo de parceria entre a administração pública, o mundo acadêmico e a iniciativa privada. Na década de 1970, o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), por exemplo, colocou o Brasil na dianteira do desenvolvimento de bioenergia graças ao esforço conjunto de cientistas, empresas e poder público. A inauguração do LabH2 ocorre em meio às negociações com as empresas Toyota, Hyundai, GWM e Tupi, além de parceria já assinada com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU).
Com as montadoras, a ideia é estimular a fabricação no País de modelos a hidrogênio, como os carros Hyundai Nexo e Toyota Mirai e o caminhão GWM Hydrogen Truck. Esses modelos marcaram a abertura do LabH2. Está sendo testado como armazenar o hidrogênio dentro do motor para ficar o mais seguro possível, estudando qual o melhor metal a ser usado, como garantir a segurança em caso de acidente, para que o hidrogênio não escape. A ausência de postos de hidrogênio no País, pela dificuldade e pelo alto custo de armazenamento, é um dos entraves. O IPT já testa alternativas. Serão testados ônibus movidos a hidrogênio com a EMTU. A empresa gerencia 5 mil coletivos na Grande São Paulo. O governo do Estado pode criar postos de abastecimento com hidrogênio para esses ônibus porque precisa ter uma demanda para funcionar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.