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15/Oct/2025

Fertilizantes: preços mais acessíveis aos produtores

Segundo a Mosaic, o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de setembro fechou em 1,19, representando uma queda de quase 7% em relação ao mês anterior. A melhora indica que os fertilizantes se tornaram mais acessíveis para o produtor rural. O IPCF é divulgado mensalmente e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e das principais lavouras brasileiras: soja, milho, cana-de-açúcar e algodão. O movimento acompanha o cenário agrícola do período, marcado pelo encerramento da colheita da 2ª safra de 2025 e o início do plantio da soja 2025/2026. O impacto da leve retração do dólar, de aproximadamente 1,5%, sobre o índice foi limitado. A principal contribuição para a queda veio da retração nos preços dos fertilizantes, com destaque para os nitrogenados. A ureia, por exemplo, apresentou uma variação negativa de 10%, sendo o destaque entre os principais insumos.

Outros produtos também registraram queda, como o Monoamônio Fosfato (-3%), o Superfosfato Simples (-5%) e o Cloreto de Potássio (-1%). A redução está diretamente relacionada ao período de entressafra, quando a demanda por fertilizantes naturalmente diminui. A expectativa é de que os preços voltem a subir no quarto trimestre, impulsionados pela retomada da demanda, especialmente para entregas da 2ª safra de 2026. As commodities registraram uma alta média de 3% nos preços, com destaque para a soja (1%), o milho (3%) e a cana-de-açúcar (3%). O algodão foi uma exceção, visto que registrou queda de 3%, mas sem impacto significativo na média geral. A suspensão e posterior retomada das retenciones na Argentina (impostos sobre exportação) também contribuíram para as variações observadas. Chama atenção a presença crescente de fertilizantes fosfatados de baixa solubilidade.

Apesar de parecerem mais baratos, esses produtos podem comprometer a absorção de nutrientes pelas plantas e reduzir a produtividade, gerando prejuízos agronômicos e econômicos. Outro ponto refere-se à escassez de crédito rural, que tem dificultado o acesso a financiamentos, especialmente após as restrições no Plano Safra e o aumento da taxa Selic. Isso afeta o ritmo das vendas e o planejamento da safra, exigindo maior colaboração entre os elos da cadeia e instituições financeiras. Há um movimento de antecipação nas compras de insumos para a safra de verão (1ª safra 2025/2026). Relações de troca mais favoráveis e soluções como antecipação de recebíveis têm viabilizado essa estratégia, permitindo ao produtor garantir melhores condições comerciais e mitigar riscos diante da volatilidade do mercado. Quanto menor o IPCF, maior é o poder de compra de fertilizantes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.