15/Oct/2025

Segundo o Itaú BBA, os preços de fertilizantes devem recuar nos próximos meses, após altas provocadas por questões geopolíticas. Em setembro, o mercado de nitrogenados caiu, o que foi observado no preço da ureia, que recuou 6%, encerrando o mês em US$ 427,00 por tonelada nos portos do Brasil. O mesmo movimento foi visto com os fosfatados, com o MAP (fosfato monoamônico) recuando 4,8% e fechando em US$ 690,00 por tonelada. Em contrapartida, os potássicos tiveram leve alta, com o cloreto de potássio (KCl) cotado a US$ 352,00 por tonelada, uma valorização de 0,7% no mês. Ao contrário do que se observou ao longo de 2025, o volume de fertilizantes ofertado no mercado internacional está aumentando, o que já afeta os preços.

Nos nitrogenados, a oferta vem se normalizando, especialmente em função do retorno da China às exportações de ureia, além do incremento das exportações de sulfato de amônio (SAM). O mercado espera pela próxima rodada dos leilões de compra da Índia, que ainda tem volume para comprar este ano. No mercado de fosfatados, o quadro global segue bem ofertado em função dos preços elevados. Mesmo com o MAP nos níveis atuais, há oferta de produtores menores e mais eficientes no mercado internacional. A baixa demanda tende a afastar esses produtores e pressionar os preços para baixo.

No mercado local, produtores têm acelerado o uso de fosfatados de menor concentração, como SSP e TSP, cujos preços estão elevados. Enquanto isso, a procura pelo segmento de potássicos permanece baixa, exceto pelas compras na região do Estreito de Malaca, focadas nas plantações de palma da Indonésia e Malásia. No Brasil, as importações acumuladas de fertilizantes estão quase 6% maiores em 2025 em relação ao período de janeiro a setembro de 2024. Além disso, Rússia e China aumentaram sua participação: nos nove primeiros meses de 2025, a Rússia exportou 8,9 milhões de toneladas (+12% na comparação anual) e a China, 8,2 milhões de toneladas (+60%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.