08/Oct/2025

Segundo a StoneX, a China pode suspender as exportações de ureia a partir de 15 de outubro, o que pode provocar alta nos preços internacionais do fertilizante nitrogenado. O governo chinês vem restringindo embarques desde 2021, com o objetivo de manter a oferta doméstica elevada e garantir preços baixos aos agricultores locais. A expectativa atual é que as exportações cessem em grande parte em 15 de outubro. Esta é a data que está estabelecida há bastante tempo. A China analisa estender o prazo até o fim do ano. Se fizer isso, haverá muito mais toneladas no mercado, criando pressão de baixa sobre os preços.

Caso contrário, os demais exportadores poderão tentar elevar as cotações sem enfrentar a concorrência chinesa. A possível suspensão ocorre no mesmo período em que a Índia realiza sua última compra de ureia do ano. O país pretende adquirir 2 milhões de toneladas, com propostas até 15 de outubro e embarques previstos até 10 de dezembro. Se a China mantiver as exportações, haverá muita oferta e os preços tendem a cair. Mas, se o país interromper os embarques, a Índia pode enfrentar um mercado mais caro e disputado. A China é um dos maiores exportadores mundiais de ureia, produto essencial para culturas como milho, trigo e cana-de-açúcar.

A China responde por cerca de 30% do comércio global do insumo, e qualquer restrição tende a afetar a disponibilidade e os preços em outros destinos, inclusive no Brasil, que depende de importações para atender à demanda interna. Nos Estados Unidos, o mercado de amônia (outro tipo de fertilizante nitrogenado) já dá sinais de falta de produto antes do início da aplicação de outono no Hemisfério Norte. Alguns fabricantes já venderam quase toda a produção até o fim do ano. O recado é simples: conversem com seus fornecedores com antecedência e não contem com sobra de produto em novembro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.