30/Sep/2025
De acordo com levantamento FarmTrak Milho 2025, da Kynetec Brasil, referente à 2ª safra de milho de 2025, o mercado de defensivos agrícolas para milho recuou 7% em 2025, para US$ 2,36 bilhões, ante US$ 2,52 bilhões no ano passado. A queda no desempenho se deve, principalmente, à redução média de 13% nos custos e preços dos produtos empregados na proteção do cultivo. A desvalorização média de 16% do Real em relação ao dólar durante a 2ª safra de milho de 2025 também contribuiu para esse resultado. Por categoria de produtos, o estudo mostrou que os inseticidas foliares continuam na primeira posição, agora com 38% de participação e movimentação de US$ 891 milhões, ante US$ 1,008 bilhão da 2ª safra de 2024. Em seguida, o segmento dos fungicidas foliares equivale a 21% das transações, ou US$ 500 milhões, em comparação com US$ 473 milhões de 2024. Os herbicidas ocupam a terceira categoria no ranking, respondendo por US$ 466 milhões ou 20% das vendas totais em 2025, ante US$ 543 milhões do ciclo anterior.
A pesquisa apontou que os produtos para tratamento de sementes ficaram em US$ 306 milhões este ano, 13% do montante do mercado, pouco acima dos US$ 302 milhões de 2024. Nematicidas e outros itens corresponderam a 8% das transações: US$ 195 milhões, ante US$ 197 milhões da temporada 2024. Entre 2024 e 2025, a adoção de nematicidas passou de 33% para 44% da área cultivada, equivalentes a 7,43 milhões de hectares. Esse avanço veio associado à oferta de sementes previamente tratadas com nematicidas. Os fungicidas ‘premium' representaram 49% do total investido pelo produtor no controle de doenças (US$ 245 milhões). Em PAT, ou área potencial tratada, os fungicidas ‘stroby mix' permaneceram como a principal opção do produtor, com 42% de participação na segunda safra, aplicados sobre 7,098 milhões de hectares. O número médio de aplicações de inseticidas específicos para manejo de lagartas subiu de 2,3, em 2024, para 2,8, ao passo que os mesmos produtos saltaram de 20% para 31% em valor de mercado.
A pesquisa também indica uma intensificação dos manejos de herbicidas para controle de gramíneas como capim-pé-de-galinha e capim-amargoso. O estudo apontou, ainda, que houve um crescimento de 6% na área plantada de milho na 2ª safra de 2025, que atingiu 16,9 milhões de hectares em Mato Grosso, Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul, Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), São Paulo, Minas Gerais e Bahia, regiões contempladas na pesquisa. O plantio de soja no período adequado, mercado de etanol e exportação de milho em grão favoreceram a expansão dos cultivos. Entre os Estados produtores do cereal na 2ª safra, Mato Grosso permaneceu como o principal polo, com 43% da área cultivada, mais de 7,25 milhões de hectares. O Paraná respondeu por 16% ou 2,7 milhões de hectares, alta de 14% comparado a 2024. Goiás e Mato Grosso do Sul ocuparam 13% cada um ou iguais 2,210 milhões de hectares. Demais regiões, consolidadas, completaram os 15% restantes: Bahia, Matopiba, Minas Gerais, São Paulo e Sergipe. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.