29/Sep/2025

O Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2) do Brasil é visto como uma iniciativa importante dentro de um pipeline crescente de projetos de “hidrogênio limpo” em estágios iniciais na América do Sul, de acordo com o relatório Global Hydrogen Compass, do Hydrogen Council. O documento foi viabilizado em colaboração com a McKinsey & Company. A publicação traz cinco anos de análises sobre o cenário global. Em relação aos marcos políticos vigentes na América do Sul, o PNH2 do Brasil fornece um roteiro estratégico em seis pilares para acelerar o desenvolvimento do hidrogênio limpo. No relatório, hidrogênio renovável (a partir de fontes de energia renováveis por meio da eletrólise da água) e de baixo carbono são coletivamente chamados de “hidrogênio limpo”. O Ministério de Minas e Energia (MME) promete para as próximas semanas a regulamentação do marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono.

A regulamentação integra o plano trienal de trabalho (2023-2025) do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), que define seis eixos de apoio às várias rotas de produção do País. A América do Sul tem amplo apoio político e de energia renovável que possibilitam o progresso em direção a um futuro polo exportador. No movimento feita pela China, que está começando a expandir seu envolvimento na indústria do hidrogênio internacionalmente, há a parceria estratégica da FRV (Fotowatio Renewable Ventures, uma empresa global de energia renovável) e a Envision Energy (chinesa) para desenvolver um projeto de amônia renovável em larga escala no Porto do Pecém, no Ceará, Brasil. A amônia renovável é produzida a partir de hidrogênio verde e é vista como uma solução para transporte e exportação de energia limpa. O estudo pondera ainda que, embora a América do Sul tenha capacidade comprometida limitada (US$ 2 bi até 2030), há um pipeline crescente de projetos em estágios iniciais.

O relatório destaca que 98% dos projetos são renováveis graças aos abundantes recursos renováveis, incluindo energia hidrelétrica no Brasil. Globalmente, são mais de 1.700 projetos de hidrogênio limpo no mundo, 510 projetos já têm aportes para sua execução comprometidos, sendo 80 deles adicionados nos últimos 12 meses desde maio de 2024. A análise inclui percepções qualitativas e quantitativas exclusivas, resultantes de interações com mais de 70 membros do Conselho, obtidas por meio de pesquisa de opinião e conversas diretas com CEOs de toda a cadeia de valor. O documento examina o estágio atual da indústria do hidrogênio, apresenta lições aprendidas com a primeira onda de projetos maduros de hidrogênio limpo e explora o impacto que esse vetor pode ter em todo o setor de energia em meio ao ambiente desafiador atual. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.