25/Sep/2025
De acordo com dados, referentes ao ano de 2024, do relatório sobre “Transição Injusta”, publicado nesta quarta-feira (24/09) pela Oxfam, organização civil sem fins lucrativos, os países do chamado Sul Global, incluindo o Brasil, detêm juntos cerca de 70% das reservas de minerais avaliados como essenciais para a transição energética. Esse patamar não encontra correspondência com a distribuição de investimentos em energia renovável, já que há concentração de 46% nos países desenvolvidos situados no Hemisfério Norte. A China, isoladamente, obtém 29% do total de investimentos em energia renovável. A América Latina só possuía 3% dos investimentos globais em energia limpa no ano passado.
O Sudeste Asiático, o Oriente Médio e a África receberam somente 2% cada. A África Subsaariana concentra 85% da população mundial sem acesso à eletricidade. A América Latina possui quase metade das reservas mundiais de lítio, mas retém só cerca de 10% do valor desse mercado. A energia consumida apenas pelo 1% mais rico seria suficiente para atender sete vezes as necessidades energéticas básicas de todas as pessoas que ainda não têm acesso à eletricidade. No Brasil, o Ministério de Minas e Energia (MME) deve lançar ainda neste ano uma “Política Nacional” para minerais críticos e estratégicos, focalizando em pesquisa e desenvolvimento do setor. O ministro Alexandre Silveira tem defendido que a simples extração e exportação de minerais não é o objetivo central dessa política.
A ideia é desenvolver a cadeia de minerais estratégicos para projetar o Brasil como um grande fornecedor componentes industriais de alto valor e baixo carbono. Além disso, no âmbito do Subgrupo de Trabalho de Geologia e Mineração do Mercosul, foi aprovado neste semestre um plano de trabalho para os próximos dois anos para, dentre outros pontos, viabilizar o intercâmbio de melhores práticas entre os países do grupo. Está em construção o “Plano Regional de Minerais Estratégicos para o Desenvolvimento". Esse instrumento no âmbito do Mercosul, segundo o MME, buscará articulação de políticas comuns entre os Estados Partes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.