ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

04/Sep/2025

Fertilizantes: preços globais se mantêm elevados

Segundo o Rabobank, os custos de produção da soja no Brasil devem subir cerca de 10% na safra 2025/2026 em relação ao ciclo anterior. O aumento será puxado principalmente pela valorização do fósforo e do cloreto de potássio (KCl). A baixa oferta global de fosfato monoamônico (MAP) continua sendo o principal fator para a alta dos preços. A expectativa é de que o MAP suba 18%, o superfosfato simples (SSP) 6% e o superfosfato triplo (TSP) 23%. O cloreto de potássio (KCl) deve avançar 13% frente ao ciclo passado. A ureia, fonte de nitrogênio, também segue cara, com impacto direto sobre o milho 2ª safra de 2026.

Após o ataque dos Estados Unidos ao Irã, os preços da ureia dispararam e, desde então, têm se mantido elevados, impulsionados pela forte demanda do mercado brasileiro e, em especial, do mercado indiano. Apesar da pressão sobre os custos, a demanda interna continua aquecida. Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), as entregas entre janeiro e maio chegaram a 15,8 milhões de toneladas, recorde para o período e 12% acima da média dos últimos cinco anos. No acumulado de janeiro a julho, as importações alcançaram 24 milhões de toneladas, cerca de 16% acima da média histórica.

Com base nesses números, 2025 pode encerrar com novo recorde de entregas, mesmo em um cenário financeiro mais restritivo para produtores. Entre os riscos mapeados estão a possibilidade de sanções secundárias a países que negociam com a Rússia, que poderiam afetar o Brasil se implementadas. A ureia segue como fator de atenção para o milho 2ª safra de 2026. Até julho, o Brasil importou 3 milhões de toneladas, 16% abaixo da média dos últimos cinco anos. O período mais forte de compras ocorre entre julho e novembro, o que ainda pode abrir espaço para recuperação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.