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27/Aug/2025

Defensivos: Adama divulga resultado do 2º trimestre

A empresa de agroquímicos Adama, controlada pela holding Syngenta Group, reduziu seu prejuízo líquido para US$ 32 milhões no segundo trimestre de 2025, informou a companhia nesta terça-feira (26/08). O prejuízo é 66% menor do que o registrado em igual período do ano passado, de US$ 94 milhões. Em termos ajustados, a Adama teve lucro de US$ 6 milhões, ante prejuízo de US$ 61 milhões um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado aumentou 25% na comparação anual, para US$ 150 milhões. No trimestre, a receita avançou 5%, para US$ 1,092 bilhão, com o aumento de 8% nos volumes compensando a queda de 3% nos preços. Os volumes mais altos refletiram a recuperação gradual da demanda do mercado e a melhoria dos estoques na maioria das regiões, enquanto a empresa vem se afastando de produtos e negócios selecionados de baixa rentabilidade.

Os preços estavam fracos principalmente devido aos preços baixos dos ingredientes ativos devido ao excesso de capacidade, assim como a um ambiente de altas taxas de juros e baixos preços das commodities, o que pressionou distribuidores e agricultores. As vendas na América Latina subiram 3% no período, para US$ 216 milhões. No Brasil, os volumes avançaram e sustentaram melhorias na receita, compensando um primeiro trimestre mais fraco, disse a empresa. No restante da região, segue a pressão sobre os preços devido à concorrência com genéricos e ao comportamento de compras "just-in-time" (comprar somente o necessário e no momento da necessidade), com volumes e receitas menores no trimestre. Na região da Europa, África e Oriente Médio, as vendas somaram US$ 314 milhões, perda de 1%, com preços em declínio por causa da concorrência. Na América do Norte, a receita aumentou 24%, para US$ 276 milhões, devido à redução de estoques e boas condições climáticas em mercados-chave como milho e soja, que levaram a aumentos de volume, de acordo com a Adama.

Na Ásia-Pacífico, excluindo a China, as vendas foram de US$ 286 milhões, recuo de 2%. Já na China, as vendas avançaram 18%, para US$ 143 milhões. Sobre o mercado de proteção de cultivos, a Adama avaliou que os estoques retornaram aos níveis pré-pandemia na maioria dos países durante o primeiro semestre de 2025. A pressão sobre os preços permanece alta, com o excesso de capacidade na produção de ingredientes ativos, destacou em relatório. Os preços das commodities agrícolas continuam estáveis e baixos e, juntamente com o ambiente de altas taxas de juros, a rentabilidade dos agricultores permanece apertada, levando a padrões de compra 'just-in-time'. Em relação a tensões geopolíticas, a Adama disse que nomeou uma força-tarefa para analisar possíveis implicações das políticas tarifárias dos Estados Unidos. Além disso, a companhia afirmou que os conflitos em Israel, onde tem três unidades de fabricação, se intensificaram brevemente em junho, mas sem efeito material na capacidade da empresa. Fonte: Broadcast Agro.