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22/Aug/2025

Frete Rodoviário permanece abaixo do custo real

Segundo levantamento da Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística (NTC&Logística), o frete rodoviário continua abaixo do custo real para a maioria das transportadoras brasileiras. A pesquisa, que reuniu 184 empresas de carga fracionada e lotação, indica que a defasagem média entre o valor recebido e o custo operacional chega a 10,3%, sendo maior para cargas de lotação (11,1%) e menor para fracionadas (8,6%). Apesar de os custos nos últimos 12 meses apresentarem variação relativamente contida, a pressão se mantém no acumulado de três anos.

A mão de obra, por exemplo, subiu 7% nos últimos 12 meses e acumula 23% de alta em três anos. Veículos tiveram alta de 35,3% no igual período, enquanto o combustível registrou queda de 19,6%. Nos últimos 12 meses, a capacidade de repasse dos custos foi baixa: apenas 39,7% das transportadoras conseguiram reajustar os fretes, enquanto 28,8% mantiveram preços e 31,1% aplicaram descontos. O reajuste médio ficou em apenas 0,26%, abaixo da inflação setorial do período. O desempenho do setor no primeiro semestre de 2025 mostra um quadro misto: 40% das empresas de carga lotação reportaram resultados melhores que no ano passado, mas 37,6% pioraram.

Entre as transportadoras de carga fracionada, 37,6% apontaram piora no resultado, 42,3% ficaram estáveis e 20,1% melhoraram. Entre os fatores que mais influenciaram negativamente o desempenho estão o aumento dos custos (27,7%), menor volume de carga (27,1%) e frete não reajustado (9,9%). Problemas operacionais também se destacam: 5,7% da frota média está parada por falta de motoristas, e a elevação do teor de biodiesel gerou algum tipo de problema mecânico para 64% das empresas. Além disso, 33,2% das transportadoras possuem tributos em atraso, um passivo que afeta diretamente o fluxo de caixa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.