12/Aug/2025

Especializada na reciclagem e produção de embalagens para defensivos agrícolas, a Campo Limpo deve fechar o ano com crescimento de 12% na receita, superando R$ 450 milhões. O avanço reflete a expectativa de recolher 75 mil toneladas de embalagens, 13% mais que em 2024, apoiado no crescimento da produção agrícola e na expansão da rede de coleta. Criada em 2008 e controlada por 26 fabricantes de agroquímicos, entre eles UPS e Syngenta, a empresa já produziu 150 milhões de novas embalagens, abastecendo o próprio portfólio.

O sistema integra a logística reversa coordenada pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), que desde 2002 encaminhou mais de 800 mil toneladas, evitando a emissão de 1,05 milhão de toneladas de CO2. A projeção é crescer 6% a 7%. Prevista para 2026, a nova unidade de resina em Taubaté (SP) vai ampliar de 25 mil para até 32 mil toneladas por ano a capacidade de reciclagem, acompanhando o aumento do uso de embalagens no agronegócio. Atualmente, 100% do plástico recebido é reciclado.

A partir de 2027, com a nova planta e tecnologia alemã, também serão processadas embalagens flexíveis, reduzindo a incineração para menos de 2% do total. A Campo Limpo movimenta cerca de 18 mil cargas de caminhões por ano para recolher embalagens em regiões cada vez mais distantes. Para buscar cada galão no Pará ou no norte de Mato Grosso, a logística encarece. Há recolhimento em Tocantins e Rondônia. Para enfrentar o desafio de manter custos proporcionais ao crescimento, a empresa está investindo R$ 50 milhões na construção de cinco centrais de recebimento nas fronteiras agrícolas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.