04/Aug/2025

A fabricante norte-americana de máquinas CNH Industrial, dona de marcas como Case e New Holland, registrou lucro líquido de US$ 217 milhões, ou US$ 0,17 por ação, no segundo trimestre deste ano, informou a empresa. O resultado é menor que o registrado em igual período do ano anterior, com lucro líquido de US$ 404 milhões, ou US$ 0,32 por ação. O lucro por ação ajustado passou de US$ 0,35 para US$ 0,17. Já a receita perdeu 14% ante o segundo trimestre de 2024, somando US$ 4,71 bilhões. As vendas de equipamentos agrícolas da CNH caíram 17% na comparação entre os segundos trimestres de 2025 e do ano passado, com receita de US$ 3,248 bilhões, em virtude da menor demanda na indústria e da redução de estoques de revendedores.

Segundo a empresa, na América do Norte, o volume da indústria caiu 7% na comparação anual para tratores abaixo de 140 HP, e perdeu 37% para tratores acima de 140 HP. Além disso, a demanda por colheitadeiras recuou 5%. Na Europa, Oriente Médio e África, os pedidos por tratores recuaram 10%, enquanto por colheitadeiras subiu 8%. Na América do Sul, a demanda por tratores aumentou 4% e a de colheitadeiras caiu 6%. Na Ásia-Pacífico, a demanda por tratores cresceu 3%, mas a de colheitadeiras caiu 42%. “Embora tenhamos continuado enfrentando condições de mercado desafiadoras neste trimestre, a resiliência e a dedicação da equipe da CNH nos permitiram atravessar esse período de forma eficaz e alinhada com nossas metas”, disse em relatório o CEO da empresa, Gerrit Marx, citando a busca por avanços operacionais e investimentos.

Para o restante de 2025, a empresa disse que continua esperando vendas globais no varejo menores tanto nos mercados de equipamentos agrícolas quanto nos de construção, em comparação com o ano passado. A CNH também afirmou, no balanço, que busca reduzir estoques excessivos nos canais de distribuição, “principalmente produzindo menos unidades do que a demanda no varejo, o que resultará em vendas líquidas menores em 2025 em relação a 2024”. A redução deve afetar negativamente as margens dos segmentos, mas a empresa espera mitigar a pressão com corte de custos operacionais, manufatura enxuta e controle de despesas, disse. Além disso, incertezas no comércio global, especialmente ligadas à política comercial dos EUA, podem afetar as projeções, destacou. A projeção para 2025 inclui queda de 12% a 20%, e de 4% a 15% nas vendas de construção. A CNH também espera registrar um lucro ajustado entre US$ 0,50 e US$ 0,70 por ação. Fonte: Broadcast Agro.