30/Jul/2025
Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil vai criar uma comissão para mapear suas riquezas naturais, como minerais críticos. Ele também afirmou que o País vai ficar com esses minerais e aproveitar seus benefícios. O País conhece o equivalente a 30% das riquezas. Cerca de 70% não foram pesquisadas. A ideia é dar autorização para empresa pesquisar sob controle do governo. Ela não pode vender sem conversar com o governo e não poderá vender a área com o minério. O Brasil é exemplo em transição energética, energias renováveis e sustentáveis, etanol, biodiesel, hidrogênio verde. Os minerais críticos, fundamentais nas novas tecnologias (da energia limpa ao carro elétrico), foram citados pelo encarregado de negócios e embaixador interino dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, conforme o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
O Ibram afirmou que Escobar demonstrou interesse na Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos em preparação pelo governo brasileiro e em iniciativas parlamentares nesse mesmo contexto, durante visita na semana passada. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, apontou que os debates comerciais entre Brasil e Estados Unidos passam por temas centrais como o comércio de etanol e as chamadas terras raras. Ao Brasil, interessa a tecnologia e o capital estrangeiro. A transferência de tecnologia entre os dois países, além de ampliação de investimentos no setor, é uma pauta defendida pelos empresários desse mercado no Brasil.
O governo Lula discute lançar uma política nacional voltada à atração de investimentos em minerais críticos antes da COP30, em Belém (PA). O segmento é alvo de interesse dos Estados Unidos, em meio às negociações do tarifaço imposto aos produtos brasileiros pelo presidente norte-americano, Donald Trump. A ministra explicou que eventual acordo entre Brasil e Estados Unidos sobre os minerais críticos e terras raras seriam dentro de parâmetros aceitáveis pelo governo, incluindo atenção ao meio ambiente. "Não vamos minerar na Amazônia, não vamos aceitar o que não atenda às regras brasileiras", ponderou. "Minerar no Brasil requer que seja dentro das nossas regras, com sustentabilidade", acrescentou. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.