28/Jul/2025
O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) afirmou que há "todo interesse" em transferência de tecnologia entre Brasil e Estados Unidos, além da ampliação de investimentos no setor. A recente conversa com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, Gabriel Escobar, foi a segunda no ano, a pedido do representante do governo norte-americano. Ficou claro o interesse dos Estados Unidos. Apesar de o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) não ter sinalizado para um eventual acordo com os Estados Unidos especificamente no tema de minerais críticos, o Instituto declarou que as informações do encontro com representante dos Estados Unidos foram recebidas positivamente. Ainda assim, não há “terreno firme" para eventual acordo antes 1º agosto sobre este tema.
O Ibram está organizando uma comitiva de empresários para viajar aos Estados Unidos com o objetivo de conversar com autoridades norte-americanas e representantes do setor privado sobre os minerais críticos. O Ibram também defendeu a possibilidade de emissão de debêntures incentivadas para atrair investimentos com setor mineral, um dos eixos discutidos para a política nacional voltada à atração de investimentos em minerais críticos, que pode ser lançada pelo governo federal antes da COP30 em Belém (PA). Do total de R$ 2,1 trilhões que o setor financeiro investe, a mineração fica com apenas 0,9%. Não chega a ser 1%. Um setor que tem 4% do PIB e 10% do PIB industrial, isso é irrisório. Há necessidade de ampliação de investimentos. O governo federal defende que a simples extração e exportação de minerais não é o ideal. O objetivo é desenvolver a cadeia de minerais estratégicos para projetar o Brasil como um grande fornecedor de materiais e componentes industriais de alto valor e baixo carbono.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o Brasil busca "recepcionar investimento de qualquer parte do mundo" e que as negociações para a abertura ao capital estrangeiro nunca foram paralisadas. Ele deu as declarações ao se referir à possibilidade de um acordo com os Estados Unidos sobre minerais críticos. Ao comentar sobre a dificuldade de diálogo entre Brasil e Estados Unidos neste momento, ele foi taxativo: "quem tem de abrir o diálogo é o governo norte-americano", citando a soberania nacional. O encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, afirmou que o governo norte-americano tem interesse nos minerais críticos em solo brasileiro. Questionado sobre possíveis negociações com os Estados Unidos envolvendo minerais críticos brasileiros, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou que a pauta de mineração "é muito longa e pode ser explorada e avançada", sem, porém, cravar qualquer cenário de acordo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.