ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Jul/2025

Tecnologia: dados sobre acesso à internet no País

De acordo com dados que integram o módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta quinta-feira (24/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o celular segue absoluto como equipamento mais utilizado para acessar a internet: em 2024, 98,8% dos usuários de 10 anos ou mais navegaram pelo aparelho, superando com folga o microcomputador (33,4%) e o tablet (8,3%). O percentual de pessoas que acessaram a internet pela televisão chegou a 53,5%. O retrato é muito diferente de 2016, quando o acesso pelo microcomputador representava 63,2% e as conexões por meio da televisão eram 11,3% e o tablet 16,4%. O celular, por sua vez, já representava 94,8% dos acessos. De 2023 para 2024, entre a população de 10 anos ou mais que possuía telefone celular para uso pessoal, a parcela com acesso à internet por meio do aparelho passou de 96,7% para 97,5%.

Na área rural, o indicador cresceu 1,7%, de 94,3% para 96%, mas ainda ficou um pouco abaixo do verificado na área urbana, que avançou de 97% para 97,7%. A proporção de domicílios em que a rede móvel funciona para internet ou telefonia alcançou 92% em 2024, mantendo estabilidade. A fatia de lares com telefone celular cresce desde 2016 (93,1%) e chegou ao maior nível da série histórica em 2024 (97%). O serviço de internet estava presente em 74,9 milhões de domicílios no ano passado (93,6%), alta de 1,1% ante 2023. O avanço tem sido mais rápido nas zonas rurais, reduzindo a distância em relação às urbanas: 84,8% versus 94,7% em 2024, respectivamente, ante 35% e 76,6% em 2016. O estudo mostra que o uso de banda larga continua em expansão, com ambos os tipos de conexão apresentando crescimento. A participação da banda larga móvel subiu de 83,3% para 84,3% entre 2023 e 2024, enquanto a fixa avançou de 86,9% para 88,9% no mesmo intervalo.

Nos três meses anteriores à entrevista, 168 milhões de brasileiros declararam ter acessado a rede: 90,2% em áreas urbanas e 81% em zonas rurais. A frequência diária de utilização foi mencionada por 95,2% do total, o maior índice da série. O levantamento ressalta que, embora o uso da internet ainda seja menor entre residentes em áreas rurais, a diferença em relação à população urbana vem diminuindo de forma consistente. A proporção de idosos conectados subiu de 44,8% em 2019 para 69,8% em 2024, o maior avanço entre os grupos etários analisados. "Apesar de ser o grupo que menos usa internet (87,9%), observa-se ano a ano o aumento importante dessa população. A grande maioria usa a internet todos os dias e há um aumento de 3,6% em relação a 2022. O percentual de pessoas brancas que usaram a internet no período de referência foi de 90%, levemente acima do registrado entre pretos (88,4%) e pardos (88,6%). Em 2016, a desigualdade era maior: 72,6%, 63,9% e 60,3%, respectivamente.

A sondagem, realizada no quarto trimestre de 2024, avaliou o acesso à internet e à televisão nos domicílios e a posse de telefone celular pelas pessoas com 10 anos ou mais. A popularização do celular no País bateu novo recorde. O Brasil encerrou 2024 com 167,5 milhões de pessoas de 10 anos ou mais com telefone celular para uso pessoal em 2024, o equivalente a 88,9% da população brasileira. O avanço reflete um salto de 11,5% desde 2016 e de 1,3 ponto em relação a 2023. Nas zonas rurais o movimento foi ainda mais intenso: a fatia de usuários saiu de 54,6% há oito anos para 77,2% agora. O grupo que mais ganhou conectividade foi o de idosos. Entre 2019 e 2024, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais que possuem celular subiu de 66,6% para 78,1%. Ainda assim, o aparelho não é unanimidade nessa faixa por dois motivos principais: o celular é um equipamento básico para comunicação e, ao mesmo tempo que algumas categorias etárias já atingiram praticamente a universalização, para 60% dos idosos a principal razão para não ter o aparelho é, justamente, não saber usá-lo.

A segunda justificativa apontada é a falta de necessidade. Entre 2023 e 2024, o maior avanço ocorreu nas faixas de 14 a 19 anos e nos idosos, ambos com expansão de 2%. A presença de telefone móvel varia de 95,2% dos domicílios do Nordeste a 98,5% dos lares do Centro-Oeste. Em partes, esse percentual é influenciado pelo Distrito Federal, que tem indicadores sociais, como renda, mais alto e é formado por uma estrutura etária mais jovem do que nas Regiões Sul e Sudeste. Entre os que não possuem celular, 11,1% da amostra, ante 18,6% em 2019, a preocupação com privacidade e segurança é citada por 24,1% dos jovens de 10 a 13 anos. Os pesquisadores avaliam que a vigilância dos pais pode ser um fator para o retrato. Em relação ao telefone fixo convencional, apenas 7,5% dos domicílios tinham o aparelho, enquanto a posse de celular chegou ao maior percentual da série histórica em 2024 (97%). Em 89,9% dos domicílios havia apenas telefone móvel celular.

O acesso a bancos e outras instituições financeiras pela internet cresceu 11,1% entre 2022 e 2024. A popularização do Pix, meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, é uma das hipóteses apontadas para explicar a alta. Depois de avançar 6,6% em 2023, a proporção de brasileiros que usam celular, tablet ou computador para serviços financeiros subiu mais 4,5% em 2024, chegando a 71,2%. Nenhuma dentre as oito finalidades investigadas teve uma expansão tão rápida no período quanto o uso da internet para acessar bancos. Em 2022, eram 97,1 milhões de pessoas, enquanto em 2024 houve um salto para 119,6 milhões. O aumento da bancarização, o maior número de relacionamentos financeiros e o Pix são hipóteses que fazem sentido e podem explicar o movimento. No mesmo intervalo, as transações via Pix somaram 129,8 bilhões, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Só em 2024 foram 63,8 bilhões, resultado que superou o volume combinado de cartão de crédito, débito, boleto, TED, cartão pré-pago e cheques.

Entre os que estudam, 48,9% acessaram bancos ou outras instituições financeiras on-line. Na população estudantil, o uso da internet concentrou-se em assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (94,7%). Entre os não estudantes, a maior proporção foi registrada para conversar por chamadas de voz ou vídeo (95,7%). O perfil etário e os hábitos de utilização da internet mais específicos ajudam a explicar o retrato. A maior disponibilidade de serviços públicos por meio da internet também é um dos destaques: a proporção passou de 33,4% para 38,8% dos brasileiros entre 2022 e 2024. Só a plataforma GOV.BR, do governo federal, por exemplo, reúne mais de 4.500 serviços digitais federais e dá acesso a outros 8.700 estaduais e municipais. A pesquisa ainda revela que, frente a 2023, houve aumento do uso da rede para ouvir música, rádio ou podcast (1,1%) e para assistir a vídeos (0,9%). Mas, foi o acesso para conversar por chamadas de voz ou vídeo que se manteve como a finalidade mais citada, alcançando 95% dos usuários em 2024.

Enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagem por aplicativos diferentes de e-mail veio em seguida, com 90,2%. Na comparação por sexo, a principal diferença apareceu no hábito de jogar on-line (pelo videogame, celular, computador etc.): 36,9% dos homens utilizaram a internet para esse fim, ante 24% das mulheres. No total, 30,2% dos brasileiros relataram jogar em 2024. A prática de apostas esportivas (as bets) não foi investigada. Os hábitos de uso da internet têm evoluído muito rápido e os questionários são planejados para se aproximar de pesquisas internacionais e atender demandas ministeriais, preservando algumas séries históricas de dados. A sondagem, realizada no quarto trimestre de 2024, avaliou o acesso à internet e à televisão nos domicílios e a posse de telefone celular pelas pessoas com 10 anos ou mais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.