21/Jul/2025
A fabricante norueguesa de fertilizantes Yara International reportou, na sexta-feira (18/07), lucro líquido de US$ 413 milhões (US$ 1,62 por ação), no segundo trimestre de 2025, ante lucro de US$ 3 milhões registrado em igual período de 2024. A receita subiu 11,8% em igual comparativo, de US$ 3,529 bilhões para US$ 3,947 bilhões. As ações da companhia recuavam 2,23% na bolsa norueguesa, por volta das 8h30 (de Brasília). O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu de US$ 490 milhões no segundo trimestre de 2024 para US$ 645 milhões em igual período deste ano. Ao excluir itens especiais, o Ebitda no trimestre mais recente teve avanço de 27%, para US$ 652 milhões. Em comunicado, o CEO da companhia, Svein Tore Holsether, afirmou que a melhoria nos resultados foi impulsionada pelo aumento das margens, forte execução comercial e um trimestre com desempenho de produção recorde.
“Ao mesmo tempo, estamos à frente do planejado em nosso programa de redução de custos e despesas de capital”, destacou. No trimestre, as entregas de produtos da companhia foram 1,06% maiores, em comparação com o segundo trimestre do ano passado, e atingiram 8,278 milhões de toneladas. A produção de fertilizantes acabados da companhia no período registrou alta de 1%, para 4,814 milhões de toneladas, enquanto a produção de amônia recuou 1,7% para 1,746 milhão de toneladas. Em relatório, a empresa destacou que as entregas nas Américas subiram 9%, com “forte crescimento na região e recuperação de vendas perdidas no Brasil no mesmo trimestre do ano anterior devido a enchentes”. Na África e Ásia, as entregas totais subiram 2%, enquanto na Europa recuaram 4%.
A Yara ressaltou que seu programa de redução de custos fixos e investimentos (capex), com meta de reduzir US$ 150 milhões em custos fixos e US$ 150 milhões em capex em 2025, estava adiantado no segundo trimestre em relação ao cronograma. Além disso, a empresa avaliou que o mercado de nitrogênio está mais orientado pela demanda, com preços da ureia acima da média histórica, mesmo diante de pressões como os baixos preços de grãos e o retorno das exportações da China, disse. “A demanda na Europa permanece forte e a Índia será fator-chave no 2º semestre, com estoques baixos”, afirmou a Yara, destacando que a oferta global tende a ficar mais apertada nos próximos anos. A empresa também aposta em projetos de amônia de baixo carbono nos EUA e mantém a meta de retornos de dois dígitos em novos investimentos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.